domingo, 21 de dezembro de 2014

Madalena Travesti.

Sou o mesmo moleque vadio
dos sambas de antes
que você não conheceu
esperando a redenção dos meus pecados
no brilho dos teus olhos
desmanchando tua carne temperamental
em pequenos versos imaginários
nas nossas semanas intranquilas
tomando o porre da vida
sem sexo
desmaio até o meio dia enquanto você trabalha o dia inteiro
dispenso outros ventres pelo teu
compreendo teus beijos pálidos e cansados
admiro seu seio que salta do edredom em silêncio ateu
em noites bêbadas como essa
te transformo no meu refúgio
meu porto seguro
e esqueço a porra do tempo que corre do lado de lá da minha janela
esqueço também a Maria Rita pelo bem do seu sorriso
ansioso pra constranger seus pais
na ceia de natal
você apresentando seu namorado sequelado e marginal
deixa pra lá que um dia o mundo ainda vai lê
os poemas que faço pra você.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Caos Cintilante Brilhando na Pia do Banheiro.

O Pimenta teve motivos  pra estourar os miolos
ela diz que eu não sou bom o bastante pra ela
prefiro sexo a três com as vadias do ano passado
com a bunda sentada na porra de uma cadeira de rodas
(sou um aleijado)
tem 5 ou 6 menores querendo trepar comigo
foda-se o gordo que te comia
tirei uma foto de pau duro pra dizer que to com saudades
aproveita que ainda não voltei a cheirar
arruma um namorado viado pra te foder
eu disse que jesus tinha DST 
logo ligo pra Bia
preciso de uma orgia
de umas amigas vagabundas dela
e um pouco de maconha
eu deveria morrer com sessenta e seis facadas na barriga
eu sei, deveria ter arrumado uma corda mais forte
(sem sorte na morte)
deveria ter descarregado meu revólver na cabeça daquele são-paulino viado
alguns anos de cadeia não me fariam mal
eu não pedi pra você me amar
faz tempo que você não me chupa
frígida do caralho
mandei uma mensagem pra Mariana
aquela puta ta namorando
o coma me fodeu
e hoje eu sou a porra de um peso morto
um desgraçado sem talento nenhum
sem deus no coração
um Larry Flynt fracassado
queria engravidar uma prostituta.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Espelho de Zona.

Claudinha apareceu um dia com uma sacola de Jaboticaba
deu algumas na minha boca
Marina tinha olhos castanhos
chupava muito bem
Simone era sensível demais
sentava no meu colo
 lia meus poemas em voz alta com a mão dentro da minha cueca
Priscila era inconsequente
torcia pro são-paulo
encostava a cabeça no meu ombro depois do sexo
a Amanda sumiu depois que mordeu meu braço
foi embora praguejando pela porta da cozinha
quando a Juliana aparecia
eu salivava que nem cachorro
Roberta era gostosa mas num valia um puto
Leticia confundia as coisas e dava o cu toda vez que eu pedia
tinha uma fada no punho
a Bruna
por deus a Bruna
era uma Oxum
acordava adolescente
entardecia mulher na minha cama
gozava sem razão
Tatiane tinha pele negra
seu rabo brilhava na minha cara
Maria Rita dizia que o amor não existia
fumava tabaco com haxixe
e bagunçava meus livros
trepava comigo a tarde toda
eu gostava de observar o jeito dela
tirando a calcinha
apertando baseado, dando a boceta pra mim chupar
Camila me alongava pelada
mas só a Jhenifer faz café pra mim
me ama quando sou desprezível
fica do meu lado quando traio
quando bebo
me leva na macumba de cadeira de rodas
só a loucura da Jhenifer completa minha loucura
e isso,
é amor.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Ciganita Pomba-Gira.

Solitária no palco
de costas pro frenesi da vida
lambendo as patas feita felina de novela
pronta pro amor de daqui a pouco
ou de depois
ganhando os dias de sol
trocando pelas noites de calor
espera a morte do meu lado dentro de um táxi
ah, como eu amo essa garota
que acredita em manchete de jornal
e me tortura com ciúmes doentio
morde meu dedo
arranha meu braço
mostra a selvageria dos teus olhos
deixa a lua morrer sozinha lá fora
e reza pra que eu não volte a cheirar pó
aguarda de pernas cruzadas minha revolução
inventa desculpas pra não me deixar
minhas promessas derradeiras convivem na tua boca de mentiras ferida
porque quando ela goza
anjos sapateiam no colo de deus e clamam por mais
e eu busco um espaço vazio no seu  sorriso
que é sempre cheio
e também clama a deus por mais.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Coisas do Seu Zé.

Seus dentes eram brancos
pude ver seu sorriso no banho
seu corpo todo ensaboado
ela devia estar tão chapada quanto eu
dizia o tempo todo que seus pais iriam chegar só daqui dois dias
expunha o rabo como seu cartão de visitas
eu ia preparando carreiras de cocaína pelado com o prato na mão
buscando um deus que nunca iria me compreender na casa de outra desconhecida
crendo que meus motivos criminosos, obscenos
valeriam a pena
havia maracujás, mangas e um cacho de bananas na cozinha
ela aparentava vinte anos no máximo
pele morena
cabelo preto liso
me disse que estudava direito
tinha um corsa vinho
não perguntei seu nome
ela também não me disse
fui até a sala
queria ouvir música
pó combina com samba
e a geladeira tava cheia de cerveja
achei cd's do padre Marcelo, Banda Eva, Reginaldo Rossi
perguntei onde ficava o computador
aumentei no último volume o Paulinho da Viola
enquanto ela chupava meu pau.

Ditinho Profissional de Jogatina.

Não justifico minha violência
sem disfarces
não carrego a bíblia debaixo do braço
se eu pudesse tava na rua
saindo na mão com qualquer um
fodendo que nem um louco
a paranoia de ver seu carro sendo roubado
pixando janelas no centrão
contando dinheiro dentro de orelhões
correndo da polícia com a arma na mão
vendendo pedra na rodoviária
evitando o amor na sala de estar de casa de massagem
destilando sorrisos hipócritas
e orgasmos falsos
como quem perdeu a hipoteca da casa em aposta de jogo
brincando com a sombra no meio fio
cagando pras consequências
o amanha ta muito longe
demora muito
e pra alguns não existe
só agoniza quem viveu
quem sorriu, quem chorou
quem gozou, brigou e morreu.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Fernanda Rabo Preto.

Todas as tardes eu te farejava
como um cão
de segunda á sexta
das 14 as 17:30
escutava você gritar a empregada no portão
e vinha direto pro meu quarto
com o cabelo ainda molhado
cheirando a shampoo
sorrisos inesquecíveis e mentiras pros seus pais
flertava a minha realidade com a sua
sonhos impossíveis
acatando meus caprichos
coisa de pervertido
trocando pedaços inteiros pelas minhas metades
se esforçando em  gentilezas incapazes de me fazer gozar
plantando sementes em uma terra improdutiva
apenas as nossas trepadas não foram em vão
o sexo nunca é em vão
a fé as vezes compensa
seus rebolado e boquetes também
o ápice do sentimento nunca tinha
inexistente emoção
um amor que não existiu
um coração que não retribuiu
ingrato aos mimos oferecidos
e exagerados.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Cardoso Contrabandista e seus Amigos.

Morena feitiço
um convite ao risco
de amar teu corpo de passeio em tardes quentes de verão
a dádiva da beleza feminina
mostra os dentes precocemente
tira a roupa desatenta
arde nua de tesão
desperdiça cheiros e charmes pelos ares
pulseiras, brincos e colares
abaixa a aba do meu boné
espreme cravos na minha boca
transita seus  lábios lúcidos pelos meus
adia compromissos e picas maiores que a minha
pra ser minha namorada
e provar do meu amor ilícito
minhas madrugadas sem fim
a tendência criminosa, promíscua e suicida
meu sorriso desesperado
suas emoções são todas plenas
um soco no queixo quando te vejo chorar
janelas explodem
minha alma só anda armada
pronta pra desilusão
pro baque na veia
pro incêndio na cozinha
um dia a casa cai pra todo mundo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Seus Olhos Com Cheiro de Chuva.

Teu batom vermelho
violento
tua boca me assalta
enfeita ancestrais
negros revoltados
senta no meu colo de cadeira de rodas
ignora o perigo
transpira amor
perde a lucidez de ciúmes vivo
chora minha infidelidade
faz rebuliço, desmonta o guarda roupa
tira a aliança
não economiza ofensas
que bom que nunca escuto teu silêncio
desabotoa minha carne
mostra pro mundo que eu te amo
pendurado nos teus olhos
nas tuas tetas
sem certeza nenhuma
feito um ateu
desconfio das sobrancelhas
só não desconfio da violência do teu batom
vermelho.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O Alvorecer do Tio Neno Sangrando pelo Cu e HIV Positivo.

Minha vida ia se desenhando
em traços únicos
como carreiras de cocaína esticadas num capô de um carro estacionado na rua
acendia os olhos na porcelana da pia casa da Mariana
onde o vento tremia meus pelos de carnaval
derretia a pele no inferno de folias
gozava estupidamente na cara da Carla
que morava longe mas fodia bem
procurava labirintos só pra poder me perder
onde eu me enfiava
deus não me enxergava
o coração batia acelerado
ininterrupto
penhorei o pingente de ouro
presente da Bia
num boteco de tentações terrenas
com três morenas num quartinho lá no fundo
perdi Jesus no meio das coxas negras
brincadeiras de infância incorporadas nas minhas orgias
num transe decadente
o castigo vem surdo
cego e mudo
a inocência foi embora muito cedo
os crimes todos ficaram impunes
a vida nunca foi justa pra ninguém
e meus pecados  são todos reincidentes.

domingo, 30 de novembro de 2014

Sempre ao Lado Dela.

A conciliação só acontece depois do choro
cheiro a poesia que exala do teu cu
derramado num  copo sujo de depravação
trapaceando a vida
com golpes antigos
fazendo pouco de deus
desafiando a morte num táxi
na volta pra casa
talvez o amor seja isso
a promessa de nunca mais cheirar cocaína
a compulsão pelas coisas nocivas
auto-destrutivas
pílulas ansiolíticas da vida real
doses exageradas 
uma cega miopia pela garota sem calcinha deitada de bruços na minha cama
regado de estrelas no fundo do poço
que caga e anda pros doze passos dos narcóticos anônimos
deixa os sentidos doentes em noites vagabundas
esquecida num calendário de parede
mastigue minha orelha
prepare outro drinque
e frite  um bife pra gente
ta muito cedo pra dormir
e meu egoísmo acaba nos teus beijos.

Noites de Novela.

Te amo quando estou sozinho e a chave de casa ta na caixa do correio
amo teu sentimento vulnerável
temperado com suas negras raízes
essa ausência de paz que tem nas tuas coxas
teu perdão pros meus erros imperdoáveis
cantando o amor
sambando nos teus olhos
teus anseios domesticados
sem herança
meus dias são sempre hora do recreio
sou criança
passeio no teu seio
de pupila dilatada meço teus sonhos
de maternidade
enquanto eu apenas morro
sem pedir socorro
nos teus soluços
fazendo as coisas sempre iguais
gozando na mesma posição
desatinando emoções em calçadas de paralelepípedos
sem ver o sol raiar de terça-feira
as vezes queria chorar
o choro que te nego tanto
colecionando desafetos
enquanto nosso amor ainda é quente
e seu sorriso compensa meus cheques sem fundo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cristo Cabelo Branco, Velho e Impotente.

Ela uma vez me disse
que toda mulher deveria
foder com um cafajeste que nem eu
o brilho nos seus olhos vinha  a tona
quando eu pedia pra tirar a calcinha e esfregar a boceta na minha cara
a intensidade das nossas tardes se prolongava
até siriricas na web cam
eu cheirava sua libido suada
seu corpo se abria irresponsavelmente pra mim
pronta pra receber lindas dedadas
e acreditar nas minhas mentiras mais sutis
me divertia com seus hormônios femininos
te chupava menstruada  de vestidinho lilás
te imaginava fácil chupando paus em banheiros sujos
tua inocência falsificada
de tênis nike da china
não exigia amor de mim desde que eu a comesse bem
vinha direto da escola pro meu quarto
me chamava de professor
quando eu te dizia pra economizar sua dor
que só existe paz nos sonhos e
no orgasmo
ela compreendeu quando eu disse que eu seria seu câncer de mama
e se afastou.

Rádio A.M.

Naufragado no teu copo de conhaque com guaraná
transformando nossa vida em cinema
películas contemporâneas de caco de vidro
sendo o vilão no papel principal
hoje acordei de mal com deus
sem sorte pra vida
com fome de carne
sim, eu vivo minha poesia
cada ferida
antes que a luz se apague eu ainda fodo com o mundo
e honro essa tatuagem que tem na tua bunda com meu nome
essa porra é um tapa na cara da realidade
a tristeza é refletida em diazepan e
facas sem corte
todas as noites aqui são quentes
todo banheiro é uma viagem de ácido
azulejos psicodélicos
todos caras cobiçam minha garota
minha esmola é sempre pouca pra te intera um pino
não conte comigo
pra nada
nosso amor as vezes me basta
as vezes me encontro
nos teus olhos perdidos
me acostumo com seus dois meses de gestação
penso em arranjar um emprego
dormir cedo
mas tenho medo de descobrir quem eu sou
e de você me pegar tendo uma overdose na nossa cama.
e ver todo seu amor
virar rancor
não se acostume comigo
to de passagem.

sábado, 22 de novembro de 2014

O Neto Viado da Dona Santa.

Instauro polêmicas no teu ventre ainda quente
ménage não
orgia não
suruba não
desfloro teu amor de menina virgem
mije na minha cara
pra eu morrer nas sarjetas do seu corpo nu
de espetaculares maldições não cumpridas
cadela prenha
mulher grávida
suas lágrimas de retirante
sangue nordestino pulsando nas veias do teu pescoço
derramando cerveja na minha camiseta nova
desprezando os corres que eu fazia
atrás de grana, farinha e
mulher
com a mão no meu braço enquanto eu ando de andador
desafinando o coro dos crentes
reforçando a atitude dos delinquentes
da prostituta que caminha sozinha na volta pra casa
e reina soberana no espelho do banheiro
eu sei que meu histórico não te favorece em nada
o gosto amargo do passado
de chinelo e bermuda nas noites de verão
o feitiço da lua ainda me provoca
eu sei
cê sabe
que pra mim a noite nunca acaba.

O Filho Rejeitado da Bianca.

Meu tiro á queima-roupa
o sexo na hora do almoço
cheiro de feijão na boceta
a sombra de tentações que me ronda
o pó, o crime e outras mulheres
eu resisto
nosso suicídio cancelado
pro próximo horário de verão
priorizo um amor por vez
pra queimar tua pele na água quente do meu chuveiro
e perceber que mulheres como você
nascem para serem de caras como eu
deixo o sofrimento borrar tua maquiagem
buscamos nossa fé na macumba
toda segunda-feira
suporto os dramas que tua boca grita
conheço os caminhos pro teu orgasmo jorrar
meu arrependimento é negro
de medo da solidão
da morte não
consumido pelo seu sorriso aberto
teu choro de orixá recém-nascido
recorro aos teus beijos
desde fevereiro.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Dalva.

Tem qualquer coisa de triste
nos teus olhos as vezes
que chega a doer na carne
esse teu amor que eu não compreendo
essa lua sempre só que te acompanha no teu céu escuro
o porque de você dormir pelada do lado do teu carrasco
as contas brancas da minha guia
espalhadas pela cama
junto com teus sintomas de doença mental
tua lucidez de alicate afiado
teu desamor homossexual
suas coisas pequenas
as vezes pesam demais pra mim
e não sei o que  fazer
quando teu pranto despenca em gotas salgadas
sua calcinha no vitro da minha janela
a garrafa de conhaque no guarda roupa
teu peito direito
o ódio sincero pelas minhas amantes
seus sorrisos serenos
seu jeito de sofrer calada
sua esperança no nosso amor
que beira a extinção
mas nunca acaba. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Vamos Foder Com o Amanha.

Tem dias que to na merda
e te chamo
as vezes de noite
ou de tarde
você sempre toma banho
antes de vir
cê pula o portão
aparece na porta da cozinha
que nem gato
traz sempre um pronto pra gente fumar
eu gosto do teu jeito
outro dia cê me disse que tinha trepado com um cara que tinha o pau gigante
e que não foi tão bom
como sempre era comigo
eu acreditei
nós não temos motivos pra mentir
um pro outro
quando você goza
põe dois dedos na boceta e coloca na minha boca
sem eu pedir
não há pureza nos teus olhos sacanas
e teus beijos não exigem o amor que não posso te dar.

    Leticia.

São João Batista Xangô.

Afronto seu amor de passarinho
em gaiola
também não estou feliz
tudo que eu te pedi foi só pra não deixa esfria
sou filho adotivo de Xangô
e você se apagou
queria ter maturidade
pra tomar decisões lúcidas
sem música nas nossas madrugadas
seu silêncio me incomoda
e eu grito até o amanhecer
nosso sexo não rende mais poemas
não suspiro mais nos teus olhos
nem gozo na tua boca
o fim
sempre prestes a entrar pela janela do quarto
suas unhas rasgando
minha pele
as vezes eu só queria lamber seu anus quando você chega do trabalho
ou que você enfiasse sua língua na minha boca
e fizesse um café
mas nunca da
você nunca ta afim.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Presente de Meio-Dia.

Sua arrogância acabava
na hora do sexo
você se tornava mais
doce
suada se ajustava pra perto de mim
mordia minha boca
com força e
ardia pelada em orgasmos
silenciosos e
descompassados
desbotava seu ego
quando esquecia teu nome
seus olhos de cerol
cortavam minha cara
nunca existiu o
nós
meus sonhos eram de sexta-feira
os seus eram de vida inteira
no sofá da sessão da tarde
eu sem cueca
você de camisola
enquanto o tempo devorava gente lá fora.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A Indigestão da Alice.

Limpa o sangue no teu tênis
tira a camisa pra desbaratina
liga pra Fran vim te busca
sai fora dai
o clima ta tenso
você que provoco
faz uma prece pro seu Zé Pilintra
cê num era assim
loco de pó
tanta violência vai te deixa só
lembra do teu tio Didi
morreu de cueca num cubículo
cheio de puta
faz tempo que você não chora
que não crê
procura um espelho pra você se vê
não usa arma pra briga
só pra rouba
o desespero da tua velha não te comove
fica longe dos polícia
não fume crack
aparece no terreiro pra se benze
toma um passe
ontem eu sonhei
com a corda no teu teto
tua cara roxa
eu vi teu coma e
uma cadeira de rodas
no meu sonho
você se fode.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

"O Disciplina".

Guardo meu sorriso
pros garçons
mendigos 
pros viciados em crack
pras mulheres
crianças
traficantes e prostitutas
não simpatizo com roupas de marca
carro importado
relógio foda
piscina, mansão
já fui ladrão
cumprimento garis
minha ternura de atabaques
admiro os ogãs 
no dia de Preto-Velho
não quero fãs 
meu sangue corre
pela margem
pelo desajustado
sujo
por quem ta de fora
meus amigos que já foram embora
no corre de droga ou de grana
quem não tem medo da morte
nunca morre
sou descendente de Zumbi
sou  descendente de Lampião
boicotei a porra do mundo
com um 38 na mão
quis morrer não consegui
hoje minha tendência criminoso escreve versos sobre as coisas que vivi
viva clandestino
morra clandestino.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Baralho Marcado Jogo Roubado.

Não discrimino
arcadas dentárias
observo suas glândulas mamárias
tem um céu na sua boca
enfeitado de cores ameaçadas
exuberantes colares
brincos e
saia de renda
sem previsão de fim
tua tempestade
de ódio em transe
ninguém descobre minhas mentiras
continuo celebrando o sexo
minha carne é promíscua
não preciso de palmas
veadagem desnecessária
não preciso de cristo
pra estuprar Estamira
finjo que acredito
só pra ficar tudo bem
não julgo
não sou hipócrita
é bom ter alguém pra me empurrar na cadeira de rodas
alguns planos
amor
talvez um filho
e uma boceta pra chupar.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Morena Mormaço.

Mariana andava com o vento
assobiava canções improvisadas
lia minhas poesias sentada no meu colo
menina bonita pra burro
aparecia sempre de tarde no meu quarto
elevava minha auto-estima
beijando minha tatuagem do Corinthians
a gente transava no mormaço do meu quarto
a empregada espiava tudo
pelo buraco da porta
Mariana escandalizava meus olhos
seu corpo de dançarina de axé
de rosto parecia a Maria Rita
ela só não deixava eu
gozar na sua boca
dizia que não gostava do gosto
morena fogosa cheia de tesão
esfregava seu anus na minha cara
nunca me amou
nunca me viu chorar
e mesmo assim ia toda tarde na casa do meu pai
pra gente rir, fumar
e trepar.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Nostalgia de Cabelos Negros.

Foda-se seu choro
suas garrafas vazias
sua xoxota doente
suas mentiras de plástico
seus olhos imaturos
seus boquetes ineficientes
foda-se a merda do seu amor
eu não me importo
com seu trabalho
com seus planos medíocres
com seu cansaço
com seu sorriso ignorante
nem com a porra seca grudada na sua calcinha
pega suas tralhas
não te amo mais
descobri isso
hoje a tarde
com aquela moça
que sorria enquanto alisava meu braço
te esqueci hoje na boca dela
cheirei a maciez dos cabelos dela
fiquei de pau duro
no hálito de menta
desejei nascer de novo
só pra ela
e morrer pra você.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Olavo Clandestino.

O respeito veio com o tempo
quando eu quebrei 3 costelas do Paulinho
e picotei a cara dum maluco
com um gargalo de garrafa de cerveja
foi feio
a orelha dele descolou
poça de sangue no chão
é, as histórias correm
ninguém mexia mais com as garotas
que eu trepava
os assaltos que eu fazia
os carros que eu roubava
eu nunca quis fama
gostava das mulheres e do risco
da adrenalina
de muita cocaína
antes eu era só um cara
com um 22 na cinta
que cheirava um monte de pó
comia um monte de mulher
essas duas brigas fizeram meu nome
andar pela cidade
nego sabia quem eu era
e do que eu era capaz
mas eu nunca soube do que eu era capaz
até a corda no meu pescoço
apertar.

domingo, 26 de outubro de 2014

Priscila Drogada.

Meu dedo sem sono
encontra seu rabo
onde dormia os  astros noturnos
hoje dorme você
minha menina desconhece minha dor
junto aos meus braços
uso e abuso do teu corpo
escancarado sem calcinha
violado por mim
insano e insensato
busco o amor no cheiro da tua boceta
quase nove meses
e eu nem conheço tua mãe
nem tua sobrinha
mas já estou acostumado com você
andando pelada pelo meu quarto
beijo seus olhos sem deus
pequenos olhos carentes
de incontidas emoções
"que importa meu passado violento"
penso com o nariz enfiado no seu cu
eu gosto do seu cheiro
todo mundo aqui vai pro inferno
anjos travestis
despencam do céu
pra cair na prostituição
meu número ímpar
flores no seu umbigo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Velha Cicatriz na Virilha.

Minha boneca vodu
num coma de alfinetes
conto mentiras indelicadas
fartas de melodramas
em momentos inadequados
é necessário ter coragem
na hora de apertar
o gatilho
ninguém voltou do
jaz
não se engane com a guia de Oxalá
no meu pescoço
eu não sou bom
odeio os auto-de-data
tem um capeta que vive dentro de mim
ele anda sempre nu
meu pequeno Exu
recolha a depressão
engole esse choro
aperta um baseado
vamos fumar
e transar.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Claudia Embriagada.

Lígia estudava moda
cheirava pó
tingia os pelos das coxas
e dos braços
fazia ménage
comigo e uma amiga dela
eu dissolvia sua líbido
todas sextas
de luz acesa
chupava seu cu
antes dela tomar banho
se movimentando no sofá da sua casa
deslizando a língua na cabeça do meu pau
seu cachorro preto sujando minha perna de baba
Lígia corpo moreno
pontilhado de setas
o sol desmaiava nos seus cabelos
quando ela sorria
com um copo de cerveja na mão.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Pernas Siamesas.

Encosta seus pelos dourados nos meus
e esquece meus desaforos
tomando conhaque na cama
no mesmo lugar onde ela chora, goza
e diz que me ama
espalha seu charme feminino
pelo quarto
nunca morra
por favor
permaneça ilesa
tão bela
surpreende a natureza
aquece meus sonhos
de olhos fixos
despreza traições
me atacando com palavrões
brilhando na minha frente
verbos explosivos
carregados de veneno
de mulher
seus temporais de excitação
cavalga hipnotizada de tesão
sem mascarar prazer
perdoa meu amor
que é míope e promíscuo
é que te amo assim.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Desconfie do Diabo de Saia.

Olha o rastro de nós
tua fidelidade irritante
de primeiro amor
cega teus olhinhos de menina
arde fantasias de mulher
que tudo da
 sem nada receber em troca
esperando o próximo fevereiro
chamando meu nome
tentando me resgatar
sempre em vão
teu amor não me comove
não me castra pra vida
nem pras coxas negras que as vezes eu beijo
disfarço minhas intenções em poesia
e minto
só pra não te ver chorar
pelo teu cheiro
ou talvez por amor.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

A Costela de Adão.

Ando desequilibrado nos teus beiços
rotina do meu amor distraído
que passa pela tua boca de misericórdia pagã
faço preces á Exu
pra que os mistérios da tua xoxota não me enfraqueçam
teu Cristo não compete com meu labirinto vadio
de demência e infidelidades
consumidas pela chama eterna de Xangô
Kaô Kabiecile
nas sobras dos teus "ais"
recorro sem remorso a outras tetas
ponho em prática meu cinismo mais sincero
e esqueço o amor em camisinhas usadas sabor morango
mulheres de estampas coloridas
desejo voraz
sem extrema unção
extremamente talentosas na cama
isentas de pudor que nem você
as vezes não me resta nada
tão pouco
ou quase nada
um cheiro no meu lençol
ou uma lembrança de um domingo a tarde.

domingo, 12 de outubro de 2014

Provoque Incêndios.

Descanso as pálpebras
em decotes
fartos peitos na hora do intervalo
vulgares por natureza
não me confesso nem no leito de morte
malícia astronômica
de rebolados juvenis
licor de siriricas e transas fáceis
sempre fácil
ontem, hoje e amanha
pequenas distâncias entre seus quartos cor-de-rosa
e minha cama infestada de pecados promíscuos
algumas chupam
outras gozam
todas choram
experimentam o gosto das desilusões precoces
e no final todas me odeiam
suas xoxotas miúdas
úmidas se retorcendo
em orgasmos transparentes
olhos nítidos
nas virilhas e axilas depiladas
e nos abraços macios.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Instinto de Bicho.

Teve um dia que eu tava puto da vida
por causa de uns polícia
que me pegaram vendendo pó no Zero Grau
me espancaram e levaram 50 gramas duma cocaína boa
coisa pura mesmo
a sorte é que eu ia fazendo grana
as notas pequenas de 10 e vinte paus eu deixava no bolso
as de 50 e  100 escondia no tênis
te liguei era uma e meia da manha
onde se ta?
que cê ta fazendo? ta sozinha?
subi em casa peguei umas 15 gramas de pó
troquei de roupa
escovei os dentes
passei perfume
 e contei o dinheiro que tava no  tênis
liguei pro táxi
fomos prum motel que eu nunca tinha te levado
você quis vinho
eu bebia cerveja
cê disse que tinha medo de mim as vezes
eu ri e abaixei sua blusa
cheirei teus seios
teu cabelo
teu pescoço
cê disse que gostava que eu te cheirava
tirei meu tênis
minha bermuda
fiquei com uma cueca samba-canção
do Corinthians
te deixei só de calcinha também
sem sutiã
não quis começar a cheirar aquela hora
porque eu iria começar a esculachar muito
ia te deixar constrangida como das outras vezes
deitei e fiquei olhando meu reflexo no espelho no teto
você veio se deitou por cima de mim
é, você sempre me procurava
abaixou minha samba-canção do Corinthians
começou a mexer no meu saco
não demorou muito pra começar a chupar minhas bolas
nesse dia eu lembro
de você passando a bunda na minha cara
na banheira de hidromassagem
dizendo: - é assim que cê gosta traficante? quer por no meu cuzinho, quer seu ladrão?.
sim, era daquele jeito que eu gostava
e lógico que eu queria comer teu cu
era bonito te ver trepando
você era bonita
sua adolescência era um belo atrativo
seus 17 anos
transamos até as cinco da manha
começamos a cheirar pó
cheirei no teu umbigo
no bico da tua teta e no seu cu
você cheirou no meu pau também
nesse dia nós quebramos o quarto inteiro
você quebrou a pia não sei como
eu derrubei a tevê
o frigobar
na intenção de libertar o bicho que mora na gente
nosso instinto destruidor floresceu.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Deboche.

Meu câncer se estendia até meu caráter
ela falava comigo nervosa
muito nervosa
sem saber que eu tinha passado a tarde toda
trepando com a Rafaela
vendo seu estado de nervos
eu apenas sorria
um deboche catastrófico
de quem entende e compreende
o término das relações amorosas
minha verdade iria doer muito mais nela
do que na Rafaela
omiti os fatos daquela tarde
em sorrisos
disposto a lamber seu cu
e esquecer o sexo feito a poucas horas
bastava ela abrir as pernas
pedir: "me chupa"
"me fode"
tem dias que eu extrapolo
na minha canalhice
quero gozar na boca do mundo
chupar todas as tetas
enfiar o dedo em todas as bocetas
mais tarde
transávamos na minha cama
eu sorri e pensei
"amanha eu vou chamar a Thaís".

domingo, 5 de outubro de 2014

Olhos Morenos.

Especulo suicídios marcados
ás vinte horas
em ponto
permaneço indiferente ao fim
desde que a corda no meu pescoço
arrebentou
nós
eu e ela
fodemos a tarde toda
ou como ela prefere
"fizemos amor"
o amor
essa aids  que nos acorrenta
a alguém desconhecido
deixe seus cães trancados pra fora de casa
visite o corpo da tua mulher
chupe a boceta
chupe o cu
goze com ela
nela
dentro dela
fique satisfeito por pelo menos
meia hora e
observe ela dormir
deus dorme com as mulheres depois do sexo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Tereza Reluzente.

Brilha teus olhos de amante
pintados com tom de serena desilusão
meu desejo ambiciona essa paixão
de menina
de mulher
que ama sem querer amar
resplandece em orgasmos
se aquece na selvageria
do meu sexo
me causa afeto essa tua desarmonia
brincando de se entregar
em noites sem lua
esmalte lilás
e calcinha vermelha
sempre anulando nosso fim
explodindo seu ódio na minha cara
em lágrimas salgadas
vem pra perto de mim
acabou os assaltos
o pó
a insônia
perdi meu revólver
só tenho a sua paz
temperada no vinagre
essa paz doente
sem roupas na minha cama
pedindo mais amor
paz indecente.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Movimento.

Abaixe a sua bermuda
sua calcinha
me mostre como esta lisinha
que nem naquele dia
o último
aqui na casa da minha mãe
seus olhos cheirando a cânhamo
no quarto
eu machuquei seu cu
com meu dedo
torto
sexo sem escrúpulos
você cuspindo na minha pica
que nem nos pornos que eu te indiquei
no começo daquela semana
tardes inteiras sendo currada
usada na minha cama
beijando sua face sádica
quando mandei você ir até a geladeira
pegar um pepino na gaveta de baixo
e trazer pra cama
você me chamou de doente mental
até eu enfiar o pepino
na tua boceta pequena
tão pequena
se dilatando em molhadas melodias
sem clichês eróticos
nem pausa pra o café
obedecendo só as profecias
da carne em desesperos contínuos
e prazerosos.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A Navalha no Bolso da Garota Suicida.

Minha língua gosta de passear
pelo teu corpo
comungar teus orgasmos suados
de frequência astral
com os dedos no seu rabo
poluo teu sorriso com indecências
que jorram da minha boca
a carne em êxtase
devoro tuas silhuetas
louvo a ancestralidade
o sangue negro que corre na minha alma
flerto com o diabo
enquanto invado tua xoxota
incendeio tuas tetas
meus elogios obscenos
tecem sua pele de seda
com ideias tolas de eternidade
assumo seu fogo
não nego meu amor por você
fodo com a tua lucidez
tua razão perdida em noites bêbadas
na cama de outros caras
admiro tua boca
de ilusões violentadas
e tempestades nefastas.

Sonho de Lança-Perfume.

Pelo reflexo do teu espelho
vejo tua vaidade de mulher
te apresento toda minha violência
estendida em meus olhos
os fatos que aquele Caboclo me esclareceu
vivo na carne os enigmas do teu amor
os mistérios que brotam no seu corpo
revigoram meu espírito
me da banho
escova meus dentes
goza na minha boca
nunca soube dizer: - eu te amo
porque você sempre derrama seu choro em mim?
meus sonhos de lança-perfume
realizados no cheiro do teu sovaco
bebo você
como você
amo você.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Espinha Dorsal.

Desbunde anárquico
de pequenos furtos
das mini-saias
do dedo do meio erguido pro mundo
pederastas chupando picas de velhos broxas
em troca de pó
suicídio revolucionário
os olhos indecentes da Mariana
mexendo nas minhas bolas
minha memória em retalhos
aguçando as virgens
e as crentes
fodam, minhas garotas
deus não estava na rua
ontem a noite
não é pecado gozar
disso eu sei.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Desde Quarta-Feira.

É a inspiração pra minha poesia
de sangue, suor e sujeira
o sabor dos teus sonhos e da tua virilha
o sol no teu umbigo
a lua nas tuas entranhas
nosso amor que desanda
teu choro que as vezes é tanto
deixa meu ódio branco
abraça meu corpo repleto de mágoas
perdoe meu passado infiel
criminoso sem brilho
me dê um filho
sexo sem fantasia no carnaval
você e eu numa  cama de solteiro
nosso primeiro fevereiro
teus beijos completamente bêbados
nós dois pelados sem medo do amor
seguindo o enredo do desejo
meu coração de madeira
agora te ama pra vida inteira
desde quarta-feira
dispenso outras amantes
pra arder do seu lado
como Xangô mandou
hoje nada é como antes
só você me veste de alegria
contrariando  a dor
quando te vejo de pernas abertas
livre de pudor
digo amém
só existo em você
em mais ninguém

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Desesperança.

Ontem fui dormir
ás quatro da manha
ando de saco cheio saca?
cansado de ficar mendigando esse teu sexo de novela
desse teu amor ridículo
teus beijos mal dados
o que aconteceu com a gente meu amor?
teu corpo tá sempre frio pra mim
secou todas as flores do nosso jardim
bato oito punhetas por dia pra não te trair
fico confuso com esse sentimento
que trago no peito
nossas brigas fúteis
acabaram nossas longas metidas
desafino ao te ver dormindo do meu lado
rogo pragas em silêncio
maldigo teu nome
durmo afundado em ódio
em pensamentos sórdidos
com a tua sombra
teu cheiro no meu lençol
desenganado
cansado de te amar
cansado de tentar
sem esperança.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Outras Fêmeas.

Seus sonhos morriam na minha sarjeta
depois que seu namorado te deixou
você passava suas tardes lá em casa
eu te ensinei que o amor é uma merda
transformei teu ódio em orgasmos
gozadas mais poderosas que o amor
te fiz esquecer a dor
chupando tua boceta
te mostrei que o prazer é uma dádiva
cê dizia que eu te fiz mais mulher
era só o que eu tinha pra te oferecer
sua vontades de adolescente eu pude satisfazer
com poemas, sexo e haxixe
seus planos de mulher preferi não me envolver
resolvi não me foder
te amar sempre foi arriscado
te deixei de lado
e conheci 3 semanas de solidão
 comendo só a empregada
até aparecerem outras
outras tetas
outros perfumes
outras risadas
outros olhares
banhos
outras cores de esmalte
melhores e piores que  você
outras mulheres...

Meu Pequeno Capeta.

Eu tenho um pequeno Capeta sorridente
que sempre me acompanha
meu Capeta gosta de boceta, de violência e trapaças
tem dias que ele não me da sossego
ele flutua dentro da minha cabeça
grita,
esperneia e
xinga
o pobre diabo é viciado em sexo
se minha namorada não trepa comigo ele diz " Traia"
se estou sem dinheiro
ele diz "Rouba"
se eu to assistindo o jogo e o Corinthians perdi gol ele urra "Mata esses filhos das putas".
Eu me vejo na malícia do meu pequeno Capeta
ao olhar pra ele
eu sei que eu me olho
temos os mesmos gostos
as mesmas manias
meu Capeta espia com meus olhos
decotes e calcinhas
de qualquer forma ele nasceu em mim
ou eu nasci nele
ele não tem culpa de nada
eu sei
que o imprestável sou eu.

Sentimento Promíscuo.

Ela tem a lealdade canina
as vezes te pergunto sobre seus casos
ela me olha com a alma felina
e me conta que fez seu papel de mulher
arranha meu corpo quando goza
me odeia quando chora
capaz de ter o homem que quiser
devagar ela se tornou a mulher da minha vida
me pedindo coisas que eu não sabia que podia dar
aquele calor que brota do seu corpo
vai me ensinado a amar
suportando minhas mentiras e traições
vou decifrando todos seus pelos
desvendando seus mistérios
cheirando tua pele de verão
bichana de passos leves
me diz que comigo é feliz
dona dum charme de atriz
templo de orações obscenas
teu ventre ateu
me aproxima de um deus vulgar
menina de natureza explosiva
me deixa sempre preparado pelo fim
pela tragédia do desamor
que ela conhece melhor que eu
as lágrimas
os porres e arrependimentos
novos amantes
novas picas
camas
novos dramas.

domingo, 14 de setembro de 2014

Olhos de Menina que Olha O Infinito.

Dá pra sentir meu coração
pulsar no seu pé direito
ela bêbada de sono
eu bêbado de vodca com coca
eu sei meu amor
que me falta a sinceridade
a verdade que você espera
mas te garanto
meus pensamentos amanhecem em você
adormecem também
é esse amor que me resgatou
da lama
é o mesmo amor que me causa o drama
a dor de quem ama
esse apocalipse insensato que cê me veste
sonhos de véu e grinalda
não preciso de razão pro sorriso escancarado
é que te amo
me desculpe se eu nunca choro
há sentimentos em mim
que eu mesmo ignoro
não, meu amor
eu não vou entrar pra sua coleção de desilusões
é tão bom ser abraçado pelos teus braços
ser perseguido pelos teus passos
toda vez que cê me olha desabrocha uma flor
na minha retina
e me encontro dentro dos olhos da minha menina.

sábado, 13 de setembro de 2014

Tetas á Mostra Pro Mundo inteiro.

Tenho saudades da Bruna
da sua indecência
do seu amor reciclável
dos boquetes redentores
boceta raspada e molhada
sexo irresponsável
vulgar
e inconsequente
se a gente pudesse escolher
á quem amar
eu escolheria você
Bruna
escolheria todas as besteiras que cê me falava
reflexões incoerentes sobre a vida
seu rabo deslizando na minha cara
Bruna fornicando menstruada
agonizando de tesão
exigindo só o que eu podia te dar
trepadas históricas
com a janela aberta
boca redonda
cu roxo
memória pálida
seios a mostra
teu corpo
objeto de cobiça
e muitas punhetas
até hoje eu me pergunto
"porque eu nunca te amei?"

Exalando Nitroglicerina.

Violo teus princípios
causo febre no teu corpo
sempre exausto
sua lucidez e minhas ideias obscuras
não ah amor que resista
nossas coincidências foram muito prematuras
aguardo pacientemente suas pernas abrirem
implorando teu sexo insensato
ansioso pelo próximo término
pelos desastres psicóticos
o ódio que escorre dos teus olhos de bicho feroz
tuas neuroses com gosto de conhaque
te amar é um filme de terror
lábios de suspense
sem paz nos teus órgãos vitais
terreno fértil de discórdias
nesse ambiente inóspito nosso amor  se fundi
se cria
nasce e se suicida
todo dia.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Domingo Passado.

Sugiro meu  caos em pedaços crus
saia de trás dessa sua porta imaginária
de sentimentos hostis
você é o máximo garota
nunca irei dizer o contrário
quero trepadas angelicais
suadas
demoradas
escorrego até o meio das suas pernas
meu universo sexual
começa e termina ali
das imprevisões na tua costela explosiva
sua tpm radioativa
nossa cumplicidade mútua
é que eu sei que suas tetas já estiveram na boca de outros caras
e você sabe que meu pinto já esteve na boca de outras mulheres
investigo teu passado
á procura dos teus pecados
mais obscenos
eu queria mesmo
que todos os dias fossem que nem domingo passado.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Solange Desmanchada.

Pensei que cê nunca iria gostar de maracatu
nem de ficar em casa de fim de semana
filmes, cafés, drinques caseiros,
sem balada com seus amigos gays
só um único pau
o meu
empurrando minha cadeira de rodas
beijando minha boca torta e ingrata
você me surpreende com seus planos
um quintal grande, filhos, alguns bichos, cachaça, almoços de domingo
poemas empoeirados
vizinhos, jogos do Corinthians
sempre segurando as pontas
quando eu forço a barra
ou traio
ajustando sua vida a minha
conhecendo só meu lado ruim
mesmo assim sempre perto de mim
essa tua entrega de menina adolescente
é amor
o sorriso que teus olhos me dão
é amor
nossos banhos juntos
é amor
sexo anal sem camisinha
é amor
a tatuagem com meu nome na tua bunda
é amor
as mentiras que fogem dos teus lábios
é amor
o tapa que cê deu na minha cara
é amor também.

Negócio de Cama e Carne.

Foi através dos porres homéricos
que a gente sempre tomava de quinta-feira
que nós nos conhecemos
aquele dia no carro da tua mãe
eu botei dois dedos no teu cu
você me disse depois
que achava que tava apaixonada
eu gostei que cê tava gostando  de mim
eu te contava dos meus casos
e da minha namorada
você me contou do dia que você deu pro Valter
o porteiro do seu prédio
te achei foda por isso
sempre bonita
limpa
cheirando a banho
um dia eu tava andando de mãos dadas com a Lara
você tava beijando o Rodolfo
dentro do seu carro na esquina da minha casa
me deu vontade de deixar a Lara lá
tirar o Rodolfo do carro
e ir embora com você
mas me faltou coragem
cê me viu e piscou
toda semana a gente fodia
muito
não precisávamos nos prender um ao outro
nosso amor era livre
desencanado
e intenso
durava algumas horas na semana
e isso me bastava
compensava pra nós
é Bia você foi um bom negócio.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Janeiro da Desilusão.

Fala baixo aqui no meu ouvido
diz que me ama
que nenhum cara te fez  gozar tanto quanto eu
que é capaz de morrer se me perder
diga que sou bonito
que tenho o pau enorme
que quer ter filhos comigo
você não sera a primeira
mulheres também mentem
eu sei
tudo bem
não guardo rancor
nem ressentimentos
somos todos doentes
uma raça fodida
fadada ao fracasso
á tristeza
ao crack
aos latrocínios
desesperados por natureza
não é você
não sou eu
mas é que eu nunca consegui te amar
como você dizia me amar
desculpa
não sofra mais por mim
não chore mais por mim
eu não valho a pena.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Minha Mulher Filha de Iansã.

Miro teu corpo despido
entregue a mim
te olho com olhar insolente
pronto pro teu choro
sem motivo aparente
juntando suas carícias
suas mentiras
suas verdades
beijando a mesma boca
durante 7 meses ininterruptos
um romance conturbado
de vésperas passadas
orgasmos desesperados
histórias mal contadas
nos alimentando do mesmo amor
espiando suas vaidades
suas coxas de mulher verão
anunciam meus sonhos de temporal
onde não existe sofrimento
tira essa roupa e vem pra minha cama.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Estamira Estrupada & Esquizofrênica.

Todas as minhas epifanias
se deslumbram na cor do teu batom
em noites amargas sem sexo
enquanto estou queimando de desejo
você dorme de bruços do meu lado
descansa tranquila seu corno nu
sem saber do cão imundo que eu sou
minhas mãos sujas de cocaína e pólvora
profanam teus sonhos de mulher madura
peço perdão a um deus que não me conhece
não beijou minha face
que morreu de aids nos anos 80
ás vezes sinto uma raiva desgraçada do mundo
de mim
da gente
mas amar confunde
perturba, aleija, prende
quebra teu dente numa briga de torcida
enquanto sorrimos de prazer
é que sou canalha meu amor
você sempre soube disso.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

A Apêndice de Santa Maria.

Depois de correr umas 30 quadras
achei um orelhão
tirei a camisa toda molhada de suor
liguei pro Negão á cobrar
deixei chamar três vezes e desliguei
na mesma hora ele retornou:
- quem ta falando?
- Negão o Silvano me deixo na mão, vem me busca mano.
Ele riu como se soubesse que isso iria acontecer.
- traz uma camiseta.
- onde cê ta?
expliquei o local exato
esperei dentro do orelhão
quinze minutos depois eu tava dentro do carro:
- porra Negão camiseta verde eu não ponho, ta me tirando de palmeirense?
ele me olhou e disse:
- cade teu cano? foi saidinha de banco? cê vai da uns tiro no Silvano né?
o Negão não gostava do Silvano por causa de mulher, uma nega sem-vergonha que dava pros dois
-  o moleque assusto e me deixou na bota, foi lotérica Negão dispensei o cano e o malote num jardim.
Fiz ele parar o carro do outro lado da rua
desci
caminhei até um arbusto
meu revólver estava em cima da bolsa de couro
- me deixa na Scheila
ele me deixou em frente a casa de massagem da Scheila
enfiei a mão dentro da bolsa
enchi a mão com notas de 20, 50 e cem reais joguei no colo  dele e disse:
- compra  um presente pra Bia e pra tua patroa
ele apertou minha mão e agradeceu
eu sabia que a Tete não estaria trabalhando
 segunda-feira
17 horas da tarde
putas não trabalham de segunda
ladrões sim
toquei a campainha sem camisa
a empregada abriu
Dona Maria
sorriu quando me viu
ela me tratava bem
como se eu morasse lá
e fazia um café delicioso
dei um beijo no seu rosto e perguntei:
- a Tete ta ai?
- ela acabou de chegar com um monte de sacola, cê precisa de vê cada coisa linda que ela compro.
minha namorada prostituta fazendo compras no shopping center
e eu assaltando lotéricas
abri a porta do quarto
ela tava só de calcinha em frente ao espelho
olhando pra cama box
cheia de sacolas
- nossa meu gato eu tava pensando no cê
aquele sotaque mineiro abriu meu coração pro mundo todo
deixei a arma e a bolsa numa prateleira
joguei as sacolas no chão
deitei na cama
ela deitou em cima de mim
- cade sua camiseta?
eu respondi:
- ossos do ofício nega e você foi as compras hoje?
- fui gasta um "tiquim".
e sorriu aquele sorriso que ela sempre sorria pra mim
beijou minha boca e disse:
- ai peraí que eu vou faze um "xixizin"
eu segurei seu corpo contra o meu:
- mija em mim.
Ela tirou meu tênis e minha bermuda
se agachou sobre mim e mijou na minha cara
fomos pra banheira trepar
a noite comemos bolinho de bacalhau com cerveja
no bar do português
e conversamos sobre coisas sem importância nenhuma.

sábado, 30 de agosto de 2014

Uma Bailarina Obesa de Quatro Numa Cama de Solteiro.

Desdobro sorrisos depravados
em poemas sem rima
cria de mentes desajustadas
livre de valores convencionais da família cristã brasileira
dos modos educados e gentis
graças á minha infância caótica
cagando em caixas de tênis e lançando em igrejas evangélicas
lendo Bakunin
apedrejando carros de polícia e mansões
o 22 do meu avô vivia na minha cintura
espiando as colegiais no vestiário
brigas de faca
pichação
incêndios provocados
pequenos furtos
cola de sapateiro
benzina
as dedadas na Jaqueline na hora do recreio
 malícia é dom
hoje só me resta um andador
uma cadeira de rodas
o esculacho que a vida me deu
por conta de quatro tiros num são-paulino
muita cocaína
e uma corda fraca.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Onde Exu é Deus Não Tem Espaço Pra Cristo.

Daqui a pouco chegam as crianças suicidas
prontas para explodirem suas pequenas cabeças
com armas de brinquedo
dançavam as prostitutas
com os narizes entupidos de cocaína
dançavam as garotas nuas no meu quarto
agora só dança minha namorada com os olhos banhados em lágrimas
o amor dói
mais que a própria dor
o ódio toma conta de mim
em partidas de futebol
uma raiva sem anestesia
sou pura antipatia
o alívio vem só no sexo
nas trepadas demoradas
na minha história
sem bons heróis
não existe glória

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Dois Corações Dentro do Mesmo Tênis Velho.

Tetas sagradas
deixa a vida estendida no varal
secando no sol da tarde
e vem aqui chupar meu pau
mantenha as coxas firmes
suspiros acanhados
lágrimas incontidas
crente como Nietzche
bêbada como Piva
nua como um recém-nascido
cochicho poesias com a boca no teu cu
abismo enrugado
amor sagrado
aguçando meus pecados evidentes
coisas que todas sabem
quero teus pelos ateus
teus sonhos cintilantes
cor-de-rosa
sonhos infantis
tua pele tatuada de incertezas
sou teu homem
você diz ser minha mulher
 olhos de felina
bicho do mato
selvagem
sujando meus lençóis
desconfiando dos meus lábios
e das minhas mentiras
sobre nosso
sublime amor.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Vermelho de Xangô.

Um sonho
desses sonhos vagabundos
de tarde em dia de semana
ela me dava seus pés
pra eu beijar
deslizava a língua
entre seus dedos
ela sorria um sorriso ruivo
lá no sofá da sala
eu vi um mar de cabelos vermelhos
invadindo meu sonho
olhos ruivos
de fêmea no cio
como eu queria que não fosse um sonho
culpa do meu temperamento infame
vulgar
que deseja mastigar sua carne crua
e vermelha
sem razão
nulo de sentimentos
apenas carne
sobre carne
como sempre foi.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Um Capeta Encardido Vendendo Pó Na Esquina.

Deu pra sentir suas costelas
quebrando na sola do meu tênis
o filho da puta tava lá
estirado no meio da rua
imóvel
com sangue na cara inteira
olhei pros lados  á procura de um amigo
não vi ninguém
pensei "nunca mais vendo pó fiado pra ninguém"
caminhei até a calçada
sentei
acendi um cigarro
olhei pra Lua
disse pra deus: - acabei de matar um cara por causa de 5 gramas de cocaína
deus não respondeu nada
desgraça
a irmã dele tinha chupado meu pau
aquela mesma noite
ela chupava o pau de todo mundo
ela iria chorar quando soubesse
que eu matei seu irmão
levantei
e corri pelas sombras da rua
um demônio encardido
fui pra casa da Joyce
trepei com ela até de manha
pedi pra ela me levar embora de moto
fiquei uma semana sem sair de casa
um tempo depois eu soube que ele tinha levado outra surra
por causa de 3 balas de pó
fiquei feliz em saber que tava vivo
por enquanto.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

A Moça que Plantou Um Pé de Lua no Meu Quintal.

Quantas vezes vi teu pranto rolar
teu corpo cansado, exausto de me amar
sempre ao meu lado
atenta a minha canalhice
alisando meu peito tatuado
meu caráter duvidoso
me beijando
me desculpando
sorrindo quando não há motivos pra sorrir
esquecendo as ofensas
afagos de recompensa
me amando quando não sou digno do teu amor
planejando nosso futuro no banho
aguentando clássicas desilusões
outras mulheres, traições
sem flores, sem jóias
servindo de inspiração pro meu tema preferido
que é você
adiando o fim
se embriagando no carnaval
defendendo minha moral
lavando meu pau
vivendo comigo
enquanto eu planto sonhos no teu umbigo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Grandes Pecados, Pequenos Milagres.

Bebendo  Selvagem naquela pracinha
te vejo mijar sem tirar a calcinha
me pega pela mão
me leva até uma moita
põe meu pau pra fora
eu mijo
meu amor é diferente do teu amor
meu amor é carne
minha porra na tua boca
meu dedo no teu cu
o teu amor
é filmes, carinhos
massagem nas costas
fidelidade
alianças e café da manha
desculpa
mas eu não sei amar assim meu amor.

sábado, 16 de agosto de 2014

Corpo Moreno de Mulher.

Aquele jeito que ela tem
de me amar calada e gozar baixinho
deixa um vão dentro da barriga
perpetua teu olhar na minha espinha dorsal
aquele cheiro do teu pescoço, 
do teu sovaco, da tua tulipa
e do teu cu
é perfume do amor
de nós dois
que trepamos mais do que amamos
me misturo no teu copo de conhaque
pra ela me tomar com pedrinhas de gelo
cuspo promessas e profecias no teu peito
livre de pudores
teu corpo nas madrugadas de amor
todo aberto pra mim
ao meu dispor
o suingue dos trópicos
sua natureza vulgar
queimada de sol
suas coxas impressionariam Di Cavalcanti
minha mulher transpirando sexo na mesa do almoço... 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Monumento de Oxalá.

Jéssica tem olhos cheirosos
borboletas nas palmas das mãos
Nossa Senhora no pescoço
corpo e malícia de mulher
- me odeie Jéssica
Jéssica engole minha porra
cabelo preto, comprido e liso
ensinei Jéssica a mijar de porta aberta
e a dar o cu pra mim
não se interessa por livros
3º colegial
masca chiclete de hortelã
dança com delicadeza no meu pau
- não me ame Jéssica
toda tarde se acaba nos olhos cheirosos da Jéssica.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Com Quem Será?

Minha loucura caminha a passos silenciosos
minha compulsão em sexo urra teu nome
clama pelo teu cheiro
goza por puro desespero
meu vício é você
um amor que ninguém pode entende
dançamos a mesma música
com intenções diferentes
zombamos da cara dos crentes
uma eternidade é muito pouco
num futuro com gosto de batida de morango
se não for com você
com quem sera?

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Meu Amor Sujo.

Nosso amor arde em febre pálida
típica de um grande amor
- não abro mão de você
minha face surda, muda
ensaia um pedido de desculpas
que nunca sai
se for pra acabar
que acabe com enredo, enfeites
numa quarta-feira de Xangô
do mesmo jeito que começo
um velando o corpo do outro
cercado de filhos, netos e assuntos
que acabe só quando morrermos juntos
decifrando nossos sonhos dentro de uma sacola plástica
coisas de namorados
tua visão nua afaga minha vista
vou dizer hoje pra Bruna que não quero mais
e vou espernear nos seus pés até você voltar pra mim
quero nosso sexo profano
numa cama de pecados recheados
só pra te provar que te amo
- não abro mão de você.

domingo, 10 de agosto de 2014

Um Inferno com Cheiro de Tulipa.

Trajetórias divididas
destinos entrelaçados
sonhos compartilhados
os verdadeiros amores se distanciam
mentiras engolidas a seco
se Exu me disse é porque é verdade
rejeito seu amor que sangra
você renega meu sexo vadio
lave tua mentira suja na pia das desilusões
que eu vou esfregar meu pau na coxa de outras mulheres
amor é uma doença escrota
Exu me mostrou
vai doer
vai rasgar a porra do meu peito com faca cega
te amo e não nego
mas amar sem gozar não dá.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Rinha de Galo.

Seus beijos de mel
meu mal
nunca rompemos esse cordão umbilical
teu ciúmes meu veneno
deixa nosso amor mais pequeno
nossa paz dura muito pouco
uma paz suada, molhada
com cheiro de porra
mil planos prestes a descer pelo ralo
me agrada mais o gosto da tua xoxota
do que o teu amor
me esqueço as vezes nos teus olhos
na malícia da tua boca no meu pau
no teu temporal
como é doloroso te amar
uma maldição teu amor
mas te amo
e isso me basta...

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ventos Indecentes.

por mim
ela roeu seus dentes brancos de marfim
não tem verso que eu faça
que chegue a sua altura
não tem medida esse amor desgraçado
é o gosto da tua teta
o cheiro da tua boceta
os banhos quentes
beijos de feijão com arroz
o fim que sempre nos vigia
as brigas que não acabam mais
esse relacionamento sem paz
meus olhos no teu corpo
sempre te examinando
te medindo
e os seus olhos
tão carentes de amor
fartos de sexo
desmoronando em lágrimas
eu não sou bom em amar
mesmo te amando
só penso em transar
confundo amor com sexo
não me contento com teu pouco
te quero toda, inteira
queimado todo dia
seus boquetes ardentes
minha língua no teu cu de forma indecente
te provo que todo grande amor é sentimento decadente.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A Incrível História do Ladrão Que Sempre Saia Impune e Com Três Lindas Adolescentes.

Tupac gritava alto no carro
eu no piloto com uma garota do lado
e mais duas atrás
arma embaixo do banco
38 com cabo de madeira
vinte e cinco gramas de pó
putaria generalizada sempre gostei
- põe a boca
a pretinha do meu lado obedeceu
elas sempre obedeciam
eu era o rei do meu inferno particular
não existia deus nem polícia que pudesse me parar
- alguém aqui quer dirigir?
a garota de pernas lindas no banco de trás disse que queria
parei num posto
fui até a conveniência comprei um fardo de cerveja
e camisinhas
pulei pro banco de trás com as duas garotas
e com minha arma
- vai mulherada todo mundo pelado
a piloto espiava tudo pelo retrovisor
porra, não existe adolescente feia
fomos prum motel
pouco pau pra muita boceta
queria ter 3 picas
seria engraçado
colocava elas pra brincar enquanto eu gerenciava
chupa aqui
meti ali
na hora de ir embora tive que parar antes do bairro delas
o carro era roubado e tinha comando
as três me deram selinhos
fui caminhando pra casa com o um monte de flagrante no bolso
e o cd do Tupac na mão.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Da Cor da Noite.

- Tira a blusa.
Eu disse na hora que  ela fechou a porta do meu quarto,
ela não entendeu o que eu falei tive que repetir:
- tira a blusa
ela sorriu com os olhos e sentou no meu colo
me beijou com a boca de chiclete de menta e tirou a blusa finalmente
continuou no meu colo de shorts e sutiã
sempre tive fascínio pelas negras
do calor que elas me transmitiam
do sexo bem feito
sorriso largo e da cor
Rafaela parecia uma deusa
uma Oxum
uma entidade benevolente que eu  sempre comia
mesmo tendo o pau MUITO menor do que seu ex
um puta dum negão chamado Wesley
ela gostava de mim
todo fodido, sequelado
com a alma atrofiada
um vagabundo de 26 anos que passava o dia escutando samba
fumando maconha, escrevendo poesias de bosta
e transando com garotas que nem ela
eu também gostava dela
daquele rabo redondo
daquele corpo escuro e forte.
Ela me deu a mão e fomos pra cama
aquela tarde a nega tava inspirada
suando no meu pau
mordendo minha  boca
rebolando
ela gozou antes eu não gozei
nunca gozava porra
antes de ir embora ela me disse
que queria vir no outro dia e mandou eu fazer mais fono
eu pensei
" amanha é dia da Maria Rita"
eu tinha um dilema.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Hálito de Menta, Beijos de Pinga.

A água se tornou a única coisa quente
do nosso banho
entre beijos mal dados
orgasmos dissimulados
o tédio fator suicida do nosso amor
quando seus olhos não estão desmoronando em lágrimas
estão frios
mirando um deprimente vazio
a culpa é minha
por te querer sempre sem calcinha
a culpa é tua
por deixar apagar
em sentimentos controversos
e gestos ameaçadores
a culpa é nossa.

domingo, 3 de agosto de 2014

Realidade Transplantada, Devaneios Gratuitos.

Sonhos no chuveiro
ilusões camufladas de amor
espio calcinhas com o mesmo fascínio da infância
tenho fetiche no cheiro da tua boceta
molhada, gozada, aberta pra mim
a rotina ta mastigando a gente
com seus dentes tortos
qualquer hora nosso romance fali
quebra e se aposenta
eu em outras tetas
você em outras picas
ou não
talvez a gente supere todas as brigas
case no dia de Cosme e Damião
rugas, cabelos brancos, remédios para impotência
netos, diabetes e colesterol.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sussurros Roubados.

Lá estava meu novo poema
de mãos dadas com outro cara
passeando em meus olhos
aguçando minha imaginação de calcinhas fio-dental
perito das infiéis
desvendava seus peitos por debaixo da blusa
meus segredos são despidos de pudor
sempre peco no sexo
pronto pra ter aquele poema nu no meu colo
cheirar teus cabelos lisos
te fazer gozar em sorrisos
e enlouquecer teus orifícios
uma poesia loira
dançando a alguns passos de mim
pedindo pra ser escrita.

sábado, 26 de julho de 2014

Eparrei.

Passos vagarosos
em direção aos seis meses
teu olhar contagia
teus olhos todo dia
passeia teu amor no meu peito
cicatrizes e tatuagens
boca malcriada
me xinga
me beija
me chupa
teu hálito me contamina
amo todo dia
a mesma menina
quero te ver sambando
desfaz a sacola de roupa
não vai embora
tira o sutiã que eu te escrevo um poema
deixa quieto teu seio
fica sensível depois que cê goza
faz silêncio no teu corpo
fica surda tua alma
cala a boca da tua boceta
minha Yansã
 minha amada.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Charles O Mendigo Tarado.

Pensamentos imorais
as horas são vulgares 
imagino sexo em todos os lugares
trepadas cinematográficas
meu vício maldito
nunca foi a cocaína
já me disseram
sou viciado em mulher
no pecado promíscuo
nas vaginas decadentes das putas da Sheila
nas lingeries
calcinhas, sutiãs
nas tetas do meu amor
nos beijos de andador
dos dentes da Amanda cravados em meu braço
perfumes, cremes
e sorrisos.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Chora Desgraça.

As horas passam
enquanto mastigo o roxo
do teu cu
tempestades se dissolvem
em gotas de raiva doce
o ódio familiar
nas bocas das mães
eu não pedi pra ser salvo
meu corpo anuncia em risco
cicatrizes
outros desenhos
tatuados
molduras de sequelas
erros passados
mente saudável
corpo estragado
o pau sempre duro
eu sorrio e penso
"foda-se".

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Espelho do Caos.

Vejo meus desesperos
se transformando em poesias
chocando retinas
umedecendo bocetas
siriricas rompendo a moral
incitando colegiais
a promiscuidade
sim, só ama quem goza
me revelo extremamente vulgar
agarrado nas tetas públicas
tetas virgens
tetas sistemáticas
grandes e pequenas tetas
tetas, tetas, tetas
cultuando a um deus
sem nenhum brilho
borrem os lábios
os rostos maquiados
as bundas 
viva á mulher
viva á mulher
viva á mulher.

domingo, 20 de julho de 2014

Transver o Amor.

Esses olhos chorosos
olhos escorregadios de plenas mágoas
não chore mais olhos tristes
olhos de depressões salgadas
toda vez que seus olhos transbordam
a corda que esta no meu pescoço me sufoca
e morro estrangulado nos teus olhos vermelhos
olhos doentes de amor
lindos olhos
banhados de ressentimentos
um dia eu ainda vou entrar  nesses olhinhos apaixonados
e nunca mais sair.

sábado, 19 de julho de 2014

Faça o Favor de Abrir as Pernas.

Ás vezes eu fico lembrando
das garotas que eu transava
as coisas eram mais fáceis
não havia amor nenhum da minha parte
eu tinha sexo toda tarde
os boquetes eram divertidos
boquetes inocentes
de meninas que devoravam meu pau
puberdade
hormônios
várias adolescentes
poucas exigiam amor de mim
tenho saudade do sexo casual
sem reclamações patéticas
discussões
cara feia
choro
tenho saudade de quando eu não amava
de ser só mais um
um pedaço de carne
sem sentimentos
congelado
um pedaço de carne duro
num açougue
pronto pra alimentar um batalhão de fêmeas no cio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ruas Encantadas, Malditas Encruzilhadas.

Vem capengando
jogue fora seu gato velho
odeie de propósito
compre drogas fiado
coma a mulher de um agiota
acredite muito pouco
tenha fé no vermelho e nas lingeries
olhe pelo buraco da fechadura
ame apenas uma mulher e traia todas as outras
fique nu numa tarde prematura e cor-de-rosa
tente brigar também
quebre uns dentes
olhos roxos
cicatrizes
vão te de deixar mais interessante
fuja só da polícia
não tenha medo
não se arrependa
não tenha remorsos
viva a porra do teu sonho
antes  da cadeira de rodas.

Da Cor dos Meus Sonhos.

Violo tua boceta
de raios ultra violeta
com minha língua
te tomo quente em goles universais
me embriago de você
detalho seu corpo impuro
em versos sujos
convulsiono nas tuas tetas
minha valentia acaba nas suas coxas
você me irriga com teu choro
manancial de águas tristonhas
lágrimas decepcionadas
nossas folias improvisadas
meus desejos lésbicos
uma raiva amarela
te enveneno com palavras belas
juras de amor
não resisto aos teus olhos pedintes
- sim, nós vamos nos casar
você esclarece que me ama
e eu no meu lugar de cafajeste também te amo.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Dez Crucifixos Dourados Enfiados Num Rabo Cristão.

A corda bamba
esse constante fim que nos ameaça
a trepada na igreja que não demos
o filho que não fizemos
o arrependimento que nunca tenho
esse medo que te ronda
doenças compartilhadas
minha glicemia descontrolada
teu ciúmes exagerado
nossas ofensas
gozamos um na boca do outro
alguns porres
algumas mentiras
meu dedo acha fácil o caminho pro teu cu
várias madrugadas
seu mijo na minha cara
na minha boca
xingamentos
brigas desnecessárias
discussões radioativas
compõem o que chamamos de amor
de desgraça
nosso ódio em estado de graça
um sentimento que não acaba mais
um enfeite no pescoço dum santo.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Uma Felicidade Intranquila.

Para Jhenifer.

Nasci pra saborear teu amor
nosso encontro foi marcado
a tempos atrás
meu lugar é dentro de você
teu lugar é junto comigo
me aconchego no teu umbigo
te quero sempre mais
tua boca
teu sorriso
sem você eu nada sou
não existe poesia
vivo teus sonhos 
que já são meus sonhos
teu olho dentro do meu olho
você é meu presente
minha rainha de calcinha
meu troféu
nua pela cozinha
Iansã da minha vida
tudo que eu sempre quis
não te troco
por nenhuma meretriz
sigo sempre teus passos
tua voz
teus medos
ciúmes
tua fragilidade feminina
emoções gritantes
tuas visões
e alucinações
teus erros
e defeitos
por tudo isso e muito mais
te amei ontem
te amo hoje
e com certeza vou te amar amanha.

Machado de Assis Não Contava Com Essa.

Eu botava pó pros garçons cheirarem
em banheiros decadentes
imundos
a Ana Laura dizia que não queria me amar
porque eu era muito canalha
um desgraçado,
eu não quero pernas abertas
quero pernas reganhadas
tento me controlar 
tento amar mais
meu sangue é promíscuo
infiel
minha consciência é uma puta
27 anos me divertindo 
vadiando com fulanas e beltranas
em carros roubados
de andador
de cadeira de rodas
com grana
sem grana
estragando tudo
magoando mulheres
fazendo adolescentes chorarem
lambendo carnes
sem sentimento
apenas sexo
a Ana Laura sempre esteve certa
ninguém deveria me amar.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ilusões Abortadas.

Cale essa boca cheia
de arrependimentos
te observo jantando
fodendo
tomando banho
a eternidade acaba aqui
na minha cama
minutos, horas
não me satisfazem
cheirando pequenas flores
brancas e azuis
no meio da rua
beijos na cadeira de rodas
digo: - vamos trepar na rua
você nunca topa
- vamos trepar de manha
você nunca quer
carrego ofensas gratuitas guardadas nos bolsos
disfarço bem
amor com putaria
transo mais do que amo
prefiro assim
é melhor assim
só sou feliz quando gozo.

Olhar Juvenil.

Sorriso meigo
beijos discretos
meu coração desatinado
por sua plena adolescência
abriu a janela do meu espírito
iluminou tudo com seus raios de sol
olhos juvenis
de eterno cio
boicoto sua virgindade
extrapolo devaneios de uniforme escolar
recordo do cheiro do teu pescoço
do gosto do teu peito
e das tuas costas
a paz que você me roubou
é a paz que eu nunca tive
um curto romance
estendido e esquecido
no varal dos romances perdidos.

domingo, 13 de julho de 2014

Não Existe Piedade Para os Covardes.

Tira a criança do colo
sonhos que cabem na palma da mão
carinhos pagos
seios flácidos
coxas lisas com cheiro de creme
calçadas mijadas
domingos de depressão
"matem os covardes"
boquetes e revólveres na mesma varanda
almas pequenas
caretas
desprovidas de coragem
clamam piedade
a um deus que não esta lá
nunca esteve
nem nunca estará
pessoas que sem saber amar
entregam suas intimidades
em bandejas de prata
morrem aos poucos
com varizes nas pernas
trêmulas
doentes
enrugadas, fodidas
deixam aos seus filhos
como herança
o medo.

sábado, 12 de julho de 2014

Avenida da Confusão.

Pequenos olhos de enchente
me fez perder o prumo
e meia dúzia de garotas
só pra te contar histórias de coisas passadas
memórias trágicas
financiadas pelo crime
sentir o gosto da tua mentira
da tua ira
do teu amor
desesperos contínuos em garrafas de conhaque
madrugadas de sexo
manhas de sono
penduro em tua teta
minha ama de leite
permaneço todo dia
hospedado em teu corpo.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Francisca Senhora de Rua.

Nunca vi Iara chorar
havia entre nós compatibilidade de genes
queríamos  um do outro
apenas sexo
ás vezes ela me emprestava cinquentinha
eu enrolava pra pagar
Iara dos peitos redondos
de 2008
corpo moreno queimado de Sol
dezenove anos
estudando pro vestibular
Iara pervertida
que nem eu
Carolina Herrera
rindo quando cagou no meu pau
limpando tudo com lenço umedecido
o cheiro de bosta na sua sala
- liga o ventilador Iara
eu comendo Iara no elevador
no seu carro em frente de casa
numa casa abandonada
Iara sem sutiã estudando
enquanto eu via futebol
sem ciúmes
sem romance
sem amor
Iara era gente boa.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Um Umbigo Fundo e Uma Paranoia.

As mentiras mais bonitas
despejadas na tua orelha
uma vontade incessante de transar
deslizo minha mão torta pela tua alma
até enfiar meu dedo em algum orifício úmido
do teu corpo
minha canalhice esta sempre diante dos teus olhos
nítida, visível
nosso amor bipolar
caminha á beira do precipício
com ideias suicidas na cabeça
ou bem perto do paraíso
amor sagrado, abençoado
eterno
numa curta distância entre céu e inferno.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Desgostos, Carros Roubados e Bonecas de Gesso.

Curo teus desafetos
com minha língua na tua
brinca de rainha
na sala de casa
mordo forte teu seio direito
sempre juntos
Xangô é amor
é poesia
você soluça e se afasta
eu me entristeço
vivo o drama na  carne
-não chore mais
tire a roupa
goze outra vez
aproveite
Xangô é amor
festeje em meu corpo
surrado, tarado
torto
segure minha mão
não existe pecado
se enrosca comigo que a gente inventa qualquer coisa
bem sacana.

sábado, 5 de julho de 2014

Amor Indesejado!

Não acredite no amor
acredite no sexo
não acredite nos bêbados
acredite na bebida
não acredite no desejo
acredite na carne
não acredite em Cristo
acredite em Exu
não acredite nas mulheres
acredite na infidelidade
não acredite em mim
acredite em minha poesia
acredite nos marginais
não acredite nas cicatrizes
acredite no sangue
nas feridas abertas
não acredite no pecado
acredite no orgasmo
não acredite nos seus pais
acredite em você
não acredite na porra do seu coração
acredite na sua razão
não acredite em termômetro
acredite na febre
acredite nos olhos vermelhos
nas lágrimas
na quarta-feira
no suspiro
e no sorriso.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Pais Desagradáveis.

Priscila era mais alta que eu
loira da bunda grande
fodia muito bem
chupava também
lia Paulo Coelho e Cecília Meireles
escutava música eletrônica
ganhava 70 paus por semana de mesada
Priscila era boa filha
boa aluna
era Kardecista
olhos azuis
17 anos
tinha saúde e fazia academia
Priscila era minha namorada
até seu pai descobrir...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Poesia do Absurdo.

Orixás se masturbavam nos navios negreiros
eu botava pó no meu pau pra garotas cheirarem
Jesus morreu virgem
ela pedia pra eu ir mais forte
deixava o pudor em casa
dentro do seu guarda-roupa
escondido ao lado do seu diário
pra sua mãe não achar
eu dirigia carros roubados
assaltava postos de gasolina
deixava a Jovelina cantar seus sambas de raiz
meu ego inflamado
livre de doenças venéreas
com a consciência pesada
drogada
enfiava o dedo em todos os rabos
dormia pouco
e nunca chorava
Orixás se masturbavam nos navios negreiros...

Gaivotas e Paralelepípedos.

Essa paz suicida
pintada de neon
as lágrimas que saltam dos teus olhos
a morte não me convence mais
verbos psicopatas brotam de nossas bocas infames
eu digo " Não use a corda, use o revólver "
sábias prostitutas
bonecas de sexo
corrompidas crianças
nas calçadas e portas de escolas
ninguém é inocente
nenhum de nós vera Deus.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Jogo das Frígidas.

Se eu não amasse aquela mulher
seria mais fácil enganar
eu estaria nos braços de todas as mulheres do mundo
ao invés dos braços dela
que já são pequenos pra mim
eu queria ter o discernimento da Maria Rita
que não acreditava no amor e não amava
dizia que o amor não existia
acreditava no sexo e como trepava
mas o amor é uma porra mesmo
queria que acabasse
que as coisas voltassem ao normal
sem ninguém pra me chamar de amor
sem ter que fazer carinhos pra trepar
ter que concordar com coisas que você jamais concordaria
poder trocar todo esse amor por meia dúzia de adolescentes com fogo na xoxota
mas eu não posso
não consigo
e na verdade eu não quero
porque amar é bom pra caralho.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Murilo Bixinha.

Te amei quando
podia amar todas
pode parecer clichê
mas não é
é pelas brigas
pelos teus surtos
pelas crises
boquetes e
teu cheiro doce de baunilha
teu amor que arde
feri
sorri
goza e
chora.

As Tardes Mais Quentes.

As coisas com a Tânia eram legais
ela esperava minha namorada passar o fim de semana em casa
pra eu ir pra casa dela
geralmente era na segunda ou
na terça-feira
me esperava só de calcinha no sofá
deixava sempre a porta aberta pra eu entrar
curtia vinho e maconha
eu não podia entrar  armado
nem cheirar pó na sua casa
e dizia " Vai mexe com essas porra na casa do teu amor, aqui não".
Eu dizia enquanto ia tirando sua roupa: - Eu não amo ela nega.
- Então porque cê não larga dela meu nego?. Ela me questionava com os olhos cor de mel grudados nos meus olhos.
- Porque ela me ama. Eu respondia serio pra acabar com o assunto.
Tânia tinha grandes peitos
eu afundava a cara naqueles peitões
fazia massagem nos meus pés
e curava minha ressaca moral
dizendo que eu sempre fazia o que tinha que ser feito
Tânia tinha a pele morena
sorria sempre com as minhas histórias
balançava a bunda quando andava
todos meus amigos queriam ela
Tânia tinha cabelo liso
só dava o cu bêbada
e seus olhos tinham cor de mel.
Eu nunca amei a Tânia.

sábado, 28 de junho de 2014

A Culpa é da Helen.

Quero sempre teus beijos alcoólicos
tua boca mal educada
teu corpo vulgar
te quero sempre de noite meu amor
sem culpa
sem arrependimento juvenil
sem roupas
disposta a acreditar nas minhas mentiras esfarrapadas
me entregando seu coração com tuas mãos
cuidando de mim com seu instinto maternal
sempre, sempre quente minha garota
minha mulher
minha namorada
eu nunca te deixo por falta de coragem
e excesso de amor.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Jardim dos Mutilados.

Tenho delírios pornográficos
sexo é o prato principal
um vício
as teens, as negras
poluem meus sonhos
desconto tudo nas minhas namoradas
coitadas
ter que conviver com pervertido
que vive de pau duro
com um milhão de fetiches
pra serem realizados
desgraçado insaciado
filho de uma puta mal intencionado
um pobre coitado viciado em mulher.

Cintia.

Ela sempre me pedia coisas
que eu não podia e não queria dar
amor, fidelidade, compromisso
poemas românticos
dormir juntos, aliança,
eu queria ver ela 2  vezes por semana
não ter que ficar respondendo todas as mensagens que ela me mandava insistentemente
ver ela sorrindo depois do orgasmo
queria que chupasse mais e falasse menos
que não chorasse e
que ela mijasse sempre de porta aberta
ela dizia que eu só queria comer ela
ela sabia que era só isso que eu queria
nunca disse o contrário
muito menos prometi algo
ela sempre soube que eu não prestava.

Tempo de Promiscuidade.

Eu vejo o Capeta
cavalgando em seu cavalo preto
despejando vidas
numa privada
de banheiro público
entre o fim do mundo
e punhetas catastróficas
enquanto minha vó dormia no quarto ao lado
eu comia colegiais
e me achava o máximo
essas adolescentes que eu manipulei
com suas pequenas bocetas
fácil  de gozar
neuróticas
psicopatas
eu me vejo na garupa do cavalo preto do Capeta
por causa delas.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Pés Descalços.

Dorme meu amor
seu sono profano
cansado
dorme despida
livre de pecados
sono inocente
dorme indecente
bêbada
dorme que eu te guardo minha menina
as portas de casa estão trancadas
sonha meu amor
com teus amantes do passado
ou
sonhe comigo
enrole teu corpo quente
no edredom
repouse a cabeça no travesseiro
e descanse
seu corpo maduro
limpo
com cheiro de creme
durma todas  as noites do meu lado.

Sonhos de Tambor.

Eu gosto dela do jeito que ela é
debruçando seus olhar em mim
limpando minha boca suja de café
evitando sempre que tudo chegue ao fim
gosto do cheiro do seu cu no meu dedo
me contando dos seus casos e desilusões
de ter que dormir abraçado pra curar teu medo
pedindo pra eu escolher filmes e canções
de lamber tuas lágrimas
passar horas brincando no teu corpo suado
gosto do jeito que ela colori minhas páginas
do futuro que ela tanto fala ao meu lado
dos seus 22 anos
da tua insegurança infantil
sua entrega total sem ligar pros danos
teu sexo fértil
gosto de como ela chegou me fez esquecer Maria
e me beijou seu beijo embriagado
de como ela invadiu minha poesia
me amou sem eu pedir pra ser amado.

domingo, 22 de junho de 2014

Abraços Quebrados.

Aqueles braços e pescoços finos
o holocausto acabou
meu amor é mais sexo do que
amor
já falei pra ela
ela sabe
exigi que eu seja fiel
mais amor e menos sexo
eu fico puto
o ciúmes dela me sufoca
me estrangula
mas é lógico que eu amo ela
também amo trepar
de manha
de tarde
de noite
ai ela chora
e esse choro me afasta
me faz querer ir pra outro cômodo
outra casa
outro bairro
outra cidade
mas eu nunca vou
estamos sempre perto um do outro
eu sempre disposto a transar
ela sempre disposta a amar.

sábado, 21 de junho de 2014

Em Transe.

Tapa na cara
pontapés
filhos mortos
com a cara roxa
a euforia do pó uma hora acaba
assaltos de madrugada
sequestro relâmpago
namoradas e prostitutas no mesmo motel
sinuca
roleta russa
muito sexo
nenhum amor
rostos cortados
garrafas quebradas
Larôie Exu
onde tudo é muito pouco
alegrias vendidas nas esquina
dinheiro fácil
prazeres duvidosos
violência é gratuita
e a morte sempre é banal.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Vilão.

Tenho medo de  simplesmente
perder o interesse
não querer mais
não gostar mais
medo dela não me inspirar mais
de descobrir que eu nunca a amei
de esfriar
de dormir sozinho
de não lembrar do seu rosto
de confundir teu gosto com o de outras moças
de esquecer
de superar amores tão rápido e tão fácil como eu sempre fiz
de dispensar seus beijos
e preferir outras bocas.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Minha Fauna Minha Flora.

Seu corpo é uma ilha
onde eu passeio
me perco nas suas infinitas trilhas
me encontro em seu seio
seus olhos de tantas lágrimas formam um rio
abro caminho no meio da sua mata
farejo teu ventre como cadelo no cio
sempre te acho com maquiagem borrada
investigo tua natureza
tua fauna tua flora
questiono tua realeza
e aguardo enquanto sua terra me devora
sonho com tuas flores
de noite me cubro com teu céu
morro nessa ilha de amores
teu vento diz que tua floresta não é bordel
no teu chão grudado esta minha raiz
onde você jogou minha semente
broto nos teus lábios tão sutis
destilo teu veneno de serpente
faço do teu solo meu sustento
desfruto da tua geografia
tua caça é meu alimento
e adormeço na tua paisagem todo dia.

domingo, 15 de junho de 2014

Suspiros e Sálivas.

Daqui a pouco amanhece
o amor acaba
as pessoas acordam
saem das suas casas pra trabalhar
e eu durmo um pouco
ouço o cachorro da vizinha
ele faz uns barulhos estranhos
e caga muito fedido
eu queria gostar de cães
mas não gosto
gosto de gente
gosto mais ainda das mulheres
logo amanhece
minha cabeça de depravado dorme pouco
minha namorada sempre dorme comigo
ela trepa bem
diz que me ama e
gosta da minha poesia
eu durmo pouco
nunca amanheço
as vezes a manha chega de tarde
ou de madrugada
sempre na hora errada.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Goles de Porra Nenhuma.

Já é tarde pra não querer amar mais
pra mudar de ideia
pra desistir
voltar atrás e
esquecer essa mulher
maldita mulher
mulher tempestade
que inundou todas as ruas da minha cidade
essa mulher já esta em mim
ela é o sangue que corre nas minhas veias
já não posso mais dizer foda-se e partir pra outra
só bocetas e bundas enormes não me bastariam
eu preciso de amor
do seu amor
no banho
nua deitada do meu lado
sorrindo
chorando
gozando
seu amor.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Eu Sou o Cisco no Teu Olho.

Deixem os virgens
os Cristãos
os honestos e os puros de coração pra outro dia
quero saber das garotas de programas
filhas abortadas de pais adictos
meninos de rua com seus alucinantes sacos de cola
me conte dos ladrões
dos que não sentem medo
das mulheres do tráfico com seu eterno charme do submundo
dos foliões de carnavais fora de época regados a pó, boceta e cerveja
quero saber dos suicidas com balas na cabeça ou corda no pescoço
dos pichadores
vândalos
dos mendigos alcoólatras fedidos
dos terreiros de Umbanda e das médiuns de saia
Pomba-Gira do meu coração.
Deixem os virgens, os Cristãos, os honestos e os puros de coração
pros poetas com fimose
pra mim não.              

terça-feira, 10 de junho de 2014

Lúcia Helena A Boêmia.

Aquele jeitinho de andar
passos rápidos e curtos
espinha ereta
que vontade que eu tenho de me esconder dentro daqueles olhinhos
e nunca mais sair
essa merda de amor
não era nada aquilo que eu achei que era
muito menos o que eu sentia ser amor
é uma parada única e imensa
é tipo a porra de um tsunami
eu aproveito
gozo
e deito
naquele corpo 
de mulher.

Um Abril.

Dia após dia eu te descubro mais
vou pouco a pouco desvendando teu céu
os caminhos que o labirinto do teu corpo esconde
sinais que teu ventre me da
palavras que escondem na sua boca
me acorrento no seu calcanhar
amadureço nos teu seios
provo teu temperamento difícil
sua raiz nordestina
escondo meu mal de baixo do teu tapete
perpetuo a palavra amor toda vez que cê goza
e permaneço na tua pele

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Com Gosto de Maça.

Ela  é  meu calor
ela é meu castigo
ela é meu amor
seu peito meu abrigo
ela é meu pecar
ela é minha cina
ela é meu pensar
alguma coisa tem naqueles olhos de menina
ela é minha poesia
meu samba do Adoniran
ela é melodia
ela é minha Iansã
ela é meu patuá
meu amuleto de sorte
minha sexta-feira de Oxalá
ela é minha pena de morte
ela é minha cura
ela é minha esperança
minha fruta sempre doce e madura
ela é minha meiga vingança
ela é meu terreiro de Candomblé
ela é meu sorriso
minha inspiração tem o gosto do seu café
ela é só o que eu preciso.

Escute o Choro das Mulheres Infelizes.

Armo tocaia pro teu desespero
sou um cão
imundo
mordo a mão de quem me afaga
em ex viciado
não se deve confiar
queimo o dedo no Sol
nossa
faz tempo que eu não cheiro cocaína
nem tomo anfetamina
avisa o delegado que eu to aposentado
e diz pro pastor que a filha dele é uma piranha
alô Deus
eu não me arrependo
nunca
tira logo essa calcinha
e vem pro meu colo
que assim meu amor não acaba.
Faça seu tricô na minha pele
que eu te tomo em licor
rasgo tua bunda numa
tatuagem
enquanto faço uma prece vagabunda
promíscua e
infiel
não roubo mais.

Na Rua de Cima Tem as Meninas Mais Bonitas do Bairro.

Celebro teu corpo nu
em transas climáticas depois do apocalipse
dilato tua xoxota com meus dedos atrofiados
observo teu caos
a primavera já passou meu amor
mas suas flores estão em mim o ano todo...

sábado, 7 de junho de 2014

Rastejo Atrás das Vontades Carnais.

Vomito obscenidades no seu ouvido
faça xixi em mim quando eu te pedir
suje minha cama
minha consciência
me suje
quando eu ponho o dedo no teu cu
estou com o dedo no cu do mundo inteiro
cheiro teus sorrisos
não durmo antes da 1 da manha
nunca,
no calor da tua virilha
eu sonho
sonhos emprestados
 sonhos pornográficos na tua coxa direita
e acordo de pau duro.
Perfume das tuas axilas
me inquieta
meche comigo
fuço no teu corpo
não penso em porra nenhuma
nas consequências desse teu amor
desse meu amor
desse nosso amor
que nunca se apaga dentro de mim
mesmo com pouco sexo
nunca se apaga
esse amor lazarento
imprevisível
inconsequente
esse nosso amor.

Um Sono Ardido.

Enfeita tua menina
de alegria suburbana
deixe seu corpo pendurado
com a corda no pescoço
aqui dentro do meu abismo
e chore
em convulsões
tem um canto no meu quarto que é teu
até que nossas cabeças doentes
se explodam no lençol
com manchas de sangue
teu sangue.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Não Danço Tango.

É a poesia que teus olhos me inspira,
navego nesse oceano de glaucoma,
pra te traduzir em outro idioma,
você é a inspiração que todo poeta aspira.
Quero desfrutar desse teu amor,
deitado em minha cama,
comer tua boca, escutar teu sabor,
sonhar com teus seios de porcelana.
Traio meus infames desejos,
quando você não esta pego pesado na masturbação,
só pra receber em troca seus beijos,
abraçar teus lábios fervendo de paixão.
Confessar segredos na sua virilha,
expor seu ventre a madrugada,
te fazer uma filha,
minha mulher mal educada.
Possuir teu corpo brilhante,
desenhar garranchos em teu pescoço,
todo amor do mundo nunca é o bastante,
pro teu umbigo causar alvoroço.
Raspe nossa cabeça,
controle minha glicemia,
nunca me esqueça,
faça sexo por terapia.

               Para Jhenifer.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Melhor Que a Do Vladimir.

Se ela me pedisse pra abandonar
mãe, pai, meus amigos, até meus livros
o cão que eu nunca tive, minha namorada
eu esqueceria tudo jogado na calçada
e iria morar dentro da sua calcinha vermelha
a transformaria na minha Lolita
testaria teu sexo
tua boca juvenil
teu hálito infantil
teus desejos tão quentes
desejos adolescentes
se ela me pedisse.
Se ela sussurrasse no meu ouvido "Me come"
eu mandaria Deus pra puta que o pariu
e daria minha alma embrulhada para presente ao Diabo
e sorrindo veria teu corpo branco e puro me condenando ao fogo eterno.
Se ela me pedisse...

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Roendo As Canelas da Rainha.

Ela é uma boa menina
que tem medo de assombração
com olhos de criança
corpo de mulher
chora fácil
doce menina
com traços de boneca
manipulo suas pernas
e seus seios de porcelana
chupa muito bem
menina ingênua
diz que quer se casar comigo
diz que me ama
eu também a amo
menina precipício
me doma
me breca
me xinga
me derruba no chão
minha menina...

Minha Amiga Gorda.

Agora que estou livre da cocaína
que não dirijo carros roubados na contra-mão
vejo nossos sexos doentes
uma gota de sangue do seu ventre
na cabeça do meu pau
me excita ver você se raspando
de baixo do chuveiro
colocando adoçante no meu café
sem eu pedir
esses dias todos juntos
sua bondade
é demais pra um cão sarnento que nem eu
e as vezes sua coleira me machuca um pouco.
E as coisas vão acontecendo
pessoas nascendo
pessoas morrendo
e você se apoia em mim
eu me apoio em você
comendo juntos
tomando banho juntos
pecando juntos
fodendo e dormindo
juntos.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

O Tropeço.

De que vale essa sua tristeza,
esse seu desgosto,
essa maquiagem borrada em seu rosto,
se aos meus olhos você é só beleza.
Não te quero tão pra baixo assim,
quero teus beijos de carnaval,
teu corpo suado com gosto de sal,
fazendo nossas madrugadas noites de amor sem fim.
Me faça mais carinhos e carícias,
estou sempre disposto a te dar prazer,
vamos fazer amor até o dia amanhecer,
sexo irresponsável sem proteção e cheio de malícia.
Diga mil vezes no meu ouvido que você é minha,
esta muito cedo pra começar a esfriar,
muito cedo pra terminar,
ainda vou dormir cheirando sua calcinha.
Não deixe eu me acostumar com a sua ausência,
quando olho pra você vejo meus filhos, meus netos e um cão,
vejo minhas poesias minha inspiração,
quero ficar no teu corpo como marca de nascença.
Me fale suas verdades,
que te eu escuto atento,
juro que compreendo,
e chore só quando tiver necessidade.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Antes De Almoçar Eu Vi Chica da Silva A Negra.

A merda da história é que eu amo
essa mulher
amo quando ela ta com a maquiagem borrada
amo ela suada
mal humorada
de tpm
menstruada
eu amo ela até nas noites que não quer transar comigo
e eu tenho que dormir puto da vida
no canto da cama
espremido e com raiva.
Ai quando ela acorda e vem deitando em cima de mim
eu esqueço a raiva da noite
passada
e mergulho no seu amor
pronto pra começar tudo de novo
e tomar o seu café
escutar suas reclamações e
broncas
acompanhar sua bunda com os olhos
admirar seus passos
irritar ela
e entender suas coisas de mulher.
Te prometo aliança
sexo na terceira idade
mais poesias
minha fidelidade
prometo passar o resto da vida juntos
só pra ver aqueles olhinhos sorrindo pra mim.

Versos Vadios.

Eu queria que todos os dias fossem de Sol
que minha namorada gostasse de sexo
tanto quanto eu
que o Corinthians fosse sempre campeão
queria de ter 1 quilo de maconha  por mês pra mim fumar
queria publicar livros,
ser famoso e rico,
xingar esses poetas com fimose
que se acham super estrelas e não respondem
minhas mensagens
mandaria todos tomar no cu.
Queria não ter cheirado tanto pó
queria ser iniciado no Candomblé
que meu pau fosse só um pouquinho maior
queria me arrepender de algumas coisas
mas não me arrependo de nada
queria morar na Bahia
ser negro
e jogar capoeira
que nem Besouro
mas nem andar eu
ando direito.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Um Enigma, Um Vício E Uma Doença.

Quando ela chegou
eu era só vadiagem
sexo com amor era bobagem
até ela chegar numa quarta de Xangô
de lá pra cá ela faz o que quer de mim
eu não tava preparado pro amor dela
sei que pra Oxum acendi vela
e hoje sou acusado de carregar em meu peito um amor sem fim.
Ela sempre me convence
com seus olhos mágicos
me inspira com seus casos trágicos
ela do meu  lado me envaidece
ela mostra pra mim seus caminhos
me ensina coisas que outras não ensinou
beija minha boca com o amor que te restou
e veio morar em casa de mansinho.