terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Magnólia minha.

Deve ser o uniforme escolar,
ou aqueles olhos que brilham tanto,
é a boca que lança o convite a beijar,
ou aquela alma tranquila que me causou espanto.
O cheiro é um negócio especial,
o proibido também me atrai,
todo homem por uma pequena um dia cai,
o lábio virgem no lábio marginal.
A danada é mesmo bonita,
pequenos seios nascentes,
deixou meu coração tão contente,
ocupou todo espaço do meu peito polígamo, hoje só ela me habita.
Se ela soubesse como  estou agora,
não tem mais morena que faça eu esquecer,
aquele sorriso apagou outras mulheres da minha memória,
Vinicius me  disse que amor só é bom se doer e por ela estou  disposto a sofrer.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Um Deus do Piva.

Hoje mesmo me
peguei lembrando de você, dos nossos beijos, das nossas brigas
e das nossas trepadas 
no
meio da tarde. Devo confessar que as vezes bato punhetas pensando em você
com aquela tua amiga feia, mas logo te esqueço,
é só até eu gozar é ai que meu
amor por você acaba, quando eu gozo.
Não tenho mágoas nem guardo
rancor, não guardo nada de você só uma Melissa no meu guarda-roupas. Tinha dias que eu chamava a Ludmila pra transar comigo quando se não tava em casa e
ela mete muito mais que você.
Pode ser que tenha te amado mas
o amor
acabava
toda
vez
que
eu
gozava.

A rua do Baltazar é a rua mais bonita da cidade.

É uma pena que a Pamela não quis me namorar,
é uma pena que o haxixe acabou,
é uma pena que o Corinthians não ganhou,
e que eu discuti com a negra que eu ia transar.
A rua mais bonita da cidade,
é a rua do Baltazar,
tem várias árvores e uma biscate,
vários passarinhos a cantar.
É uma pena que eu esteja com várias sequelas,
não fosse assim eu ia ta morto ou na cadeia,
pelo menos eu nunca pego mulher feia,
mas é uma pena mesmo que eu nunca mais vou subir num pé de seriguela.
Estou apaixonado por uma virgem,
tudo muito exagerado esse lance de sentimento,
foda-se o que os pastores exigem,
e minha virgem tratarei com paciência e gentileza  momento por  momento.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um anjo doente e seu cachorro vira-lata.

Quero te mastigar em pedaço,
sedento de amor como um cão no cio,
já sei de cor teus traços,
lamber tuas lágrimas borrando tua áurea azul anil.
Te despir com o olhar,
andando na calçada,
te esperando na cadeira do alpendre de pernas cruzadas,
ansioso pra gente trepar.
Olho no olho, umbigo com umbigo,
o gosto da tua língua,
lá fora a Lua sozinha míngua,
e aqui dentro você transando comigo.
Saudando sempre á Xangô,
num misticismo sem nexo,
beijando teu sexo,
sempre dentro do teu corpo. Kaô.

Fui ali e não voltei. (A culpa é dos outros)

Não quero que por mim você chore,
te quero sempre jovem e formosa,
continue sempre assim, vai me provoque,
me conte seus desejos seja sempre vaidosa.
Mecha com minha imaginação,
te quero adolescente,
teu corpo virgem sobre meu corpo deficiente,
cante comigo um samba do Jorge Aragão.
Faça de mim teu menino e você será minha menina,
ouvi dizer que o amor não tem idade,
ta foda segurar essa vontade,
todas as noites durmo com teu nome na boca Katarina.
Deve ser loucura essa vontade de você,
um amor assim tão inesperado,
logo eu que me julgava tão malandreado,
fui dominado por um amor tão novo sem percebe.
Tive tantas mulheres maduras,
tantos corpos de aluguel,
tantos poemas libertinos do Manuel,
pra experimentar agora tua fruta pura.

Me fala um negócio Brigite.

Agora é você que conduz meus passos,
é o brilhos dos teus olhos que me indica o  caminho,
queria tanto o teu carinho,
tua boca na minha boca, teus abraços.

Seria capaz de fazer uma loucura pra você ser minha,
seria teu brinquedo,
por você nada me daria medo,
e de fantasias você seria minha rainha.

A razão de toda as loucuras que eu vivi,
inspiração de poesias,
sonhos e melodias,
e quando meus amigos me perguntarem quem é ela, eu direi teu nome Anahy.

Beijaria a tatuagem no seu tornozelo esquerdo do infinito,
beijaria tuas mãos, teus pés, tua panturrilha,
beijaria o rosto da tua filha,
beijaria teu ouvido, teu peito direito e teu umbigo.

Faria do teu sorriso meu abrigo,
plantaria nos teus dentes meu jardim,
pra você passar a vida sorrindo pra mim
e todas as noites dormir comigo.


Jhon Dillinger.

Não tenho medo de amar,
nem dos sintomas, da dor,
eu quero é morrer de amor,
sufocado, apaixonado, com falta de ar.
No amor nunca perco a esperança,
gosto de amar no pecado,
transar a tarde com a minha vó dormindo no quarto ao lado,
amar desconhecidas que nem criança.
Amar várias mulheres ao mesmo tempo,
com a mesma intensidade,
amar nádegas em movimento,
e nas adolescentes amar a virgindade.
Se apaixonar pelas bocas,
pelos cheiros,
ficar sempre perto do desespero,
e das amantes loucas.
Amar a Anahy,
amar a Katarina,
amar todas as meninas,
amar a Aline que é uma mulher que eu nunca vi.
Se perder nos seios das pretinhas da cor da noite,
se entregar ao sofrimento,
se desesperar como namorado  ciumento,
amar é gozar na hora do açoite.
Amar como Maria Bonita amou Lampião,
como Pedro Bala amou Dora,
o importante é amar e quando te faltar opção,
ame uma puta ou uma nora.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Wiliam da Silva Lima. "O Professor"

Porra eu tava sujo de tinta na linha de trem outra vez, nós tínhamos acabado de fumar um na estação. O chão era de terra e mato, fui de cadeira de rodas sem andador, vários vagões parados na linha férrea. Era uma noite quente de verão, céu limpo uma porrada de estrelas brilhando e a Lua clareando tudo lá em cima. Eu tava exalando felicidade, a Lua tirava minha atenção dos polícia só quem picha sabe que tem que ta sempre ligeiro com eles, pichadores e ladrões são alvos desses filhos das putas e eu já fui pichador e ladrão, ironia do destino. Eu estava me sentindo privilegiado um cara de sorte, e de fato eu era mesmo, fumava regularmente maconha, sempre tinha uma ou outra pretinha pra transar, vivia cercado de pessoas boas, melhores do que eu, estava evoluindo lentamente, lia bons livros, assistia bons filmes, e aquela hora tava na linha do trem pichando vagões sentado numa cadeira de rodas. Tava com um parceiro de longa data, desses caras que a gente pode confiar do tipo fiel. E mais uma vez eu o vagabundo, vadio, biscateiro, maconheiro, sequelado e marginal tava sujo de tinta na linha de trem outra vez. Porra como como eu tava gostando daquilo...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sede dos olhos.

Quero te tomar em goles pequenos,
como café quente,
quero ser tua camisola transparente,
e te abraçar nas noites de sereno.
Vou te emprestar um livro do Jorge Amado,
 se você quiser te levo no Candomblé,
peço á Xangô pra te fazer minha mulher,
veria teus olhos sempre me olhando apaixonado.
E no seu ventre rabiscaria nossos planos,
no seu ouvido cochicharia poesias,
nas suas coxas nasceriam flores que aguamos,
e tua pele só eu beijaria.
Quero te provar como um faminto,
morder teu pescoço,
como um cão que morde o osso,
choraria só pra te ver sorrindo.
Num domingo a gente escutaria um disco do Nação,
ou do Miles, ou da Nina,
você seria minha menina,
e no sofá da sala morreríamos de paixão.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Jacques Mesrine.

Devo te avisar que estou apaixonado por você,
só me entrego a sentimento verdadeiro,
te quero despida de corpo inteiro,
e agora teu corpo é só o que eu quero vê.
Devo te avisar que meu amor é estranho,
num tem medida nem data de validade,
amo com exagerada intensidade,
numa irresponsabilidade sem tamanho.
Devo te avisar que meu amor é tempestade,
que machuca e deixa cicatriz,
pra mim você já se tornou uma necessidade,
preciso beijar tua boca escutando um samba raiz.
Devo te avisar que amo sem pudor,
amo como se todos os dias fossem carnaval,
acredito no amor fatal,
e que deixa um homem chorar de dor.
Devo te avisar que estou louco pra sentir seu cheiro,
sentir teu hálito e degustar teu gosto,
com o dedo percorrer os traços do teu rosto,
e te namorar por um século como se eu fosse o teu amor primeiro.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Hora errada.

Eu não devia ter olhado dentro
 dos teus olhos castanhos,
 nem ter tocado no teu braço
você não devia ter encostado a tua coxa na
minha. Só porque eu não te amei quando
deveria
te
amar,
eu não podia ter sentido
teu perfume, nem ter beijado teu rosto.
Percebi agora pouco que eu te amo mas
amo-te
na hora
errada.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Olhos claros. Alma escura.

Na outra ponta da mesa ela estava sentada, almoçando. Fazia um calor que era quase uma amostra grátis do inferno, era um domingo do mês de dezembro. Ela estava simplesmente bela, uma beleza discreta quase escondida, o tipo de beleza que a gente descobri aos poucos numa mulher que aparece num sorriso, num olhar ou num gesto. Tive medo dela por uns segundos, tive medo de desejar aquela boca e medo de Deus, ela devia ser virgem e eu já tava imaginando ela nua beijando meu pau. Umas espinhas em seus braços e uma um pouco acima do seu peito esquerdo indicavam hormônios sera que ela se tocava no banho? sera que ela se masturbava? sera que ela já viu um pinto? ela devia ter uns 19, 20 anos sera que ela nunca acessou um site pornográfico? nunca tomou um porre? acho que não. Essas igrejas evangélicas andam fodendo com os jovens do Brasil que é um país quente, que cheira a sexo e esses malditos pastores anulam os desejos dos jovens, negam a eles os prazeres da carne e da idade. Aquela hora eu já ardia de tesão por aquela crentinha, devia ser o calor, a comida na mesa ou a família toda reunida ultimamente eu tenho me excitado em lugares incomuns e por mulheres estranhas, outro dia mesmo eu tava lendo Augusto dos Anjos chapado de haxixe me deu um tesão tão louco que tive que tirar o pau pra fora e bate uma punheta, agora eu tava excitado pela pele limpa, sem maquiagem daquela moça de olhos e cabelos pretos sentada na outra ponta da mesa. Havia no ar o peso das falsidades do Natal, a obrigação de ser bom e cordial essas hipocrisias idiotas, valores fúteis que não me pegavam. A mãe dela conversava comigo eu me limitava a acenos com a cabeça, ás vezes um "sim" ou "não", quando a mãe dela me olhava fixamente eu também encarava a velha e pensava: " Eu quero comer sua filha", ficava só no pensamento. Ela jogava um charminho pra cima de mim, eu percebi desde o começo, uns olhares disfarçados, umas risadinhas um flerte totalmente estúpido e amador, coisa de adolescente mesmo. Acabamos de comer e nos despedimos com um beijo no rosto aproveitei pra espiar seus seios. Fui embora ansioso pelo próximo almoço.

Ela tirou meu coração com as mãos e sem anestesia.

Anahy, Anahy, Anahy,
você que na hora errada quis levar meu coração,
agora você aparece e sem anestesia tirou ele com a mão,
tanta delicadeza nos traços de uma só mulher nunca vi.

Na noite de ano-novo você toda de branco,
em seus olhos havia um pouco de dor,
te admirei de longe como quem admira um santo,
e em minha cabeça fiz mil planos de amor.

Anahy quando eu te vi tive certeza que você daria poesia,
quis te ver nua,
na minha cama pela janela olhando a Lua,
e você abriu meu peito sem anestesia.

Você me viu em coma numa UTI,
num quarto frio do quinto andar,
pensando que eu iria morrer e nunca mais poderia amar,
mas a morte não me quis e agora eu te quero Anahy