quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sussurros Roubados.

Lá estava meu novo poema
de mãos dadas com outro cara
passeando em meus olhos
aguçando minha imaginação de calcinhas fio-dental
perito das infiéis
desvendava seus peitos por debaixo da blusa
meus segredos são despidos de pudor
sempre peco no sexo
pronto pra ter aquele poema nu no meu colo
cheirar teus cabelos lisos
te fazer gozar em sorrisos
e enlouquecer teus orifícios
uma poesia loira
dançando a alguns passos de mim
pedindo pra ser escrita.

sábado, 26 de julho de 2014

Eparrei.

Passos vagarosos
em direção aos seis meses
teu olhar contagia
teus olhos todo dia
passeia teu amor no meu peito
cicatrizes e tatuagens
boca malcriada
me xinga
me beija
me chupa
teu hálito me contamina
amo todo dia
a mesma menina
quero te ver sambando
desfaz a sacola de roupa
não vai embora
tira o sutiã que eu te escrevo um poema
deixa quieto teu seio
fica sensível depois que cê goza
faz silêncio no teu corpo
fica surda tua alma
cala a boca da tua boceta
minha Yansã
 minha amada.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Charles O Mendigo Tarado.

Pensamentos imorais
as horas são vulgares 
imagino sexo em todos os lugares
trepadas cinematográficas
meu vício maldito
nunca foi a cocaína
já me disseram
sou viciado em mulher
no pecado promíscuo
nas vaginas decadentes das putas da Sheila
nas lingeries
calcinhas, sutiãs
nas tetas do meu amor
nos beijos de andador
dos dentes da Amanda cravados em meu braço
perfumes, cremes
e sorrisos.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Chora Desgraça.

As horas passam
enquanto mastigo o roxo
do teu cu
tempestades se dissolvem
em gotas de raiva doce
o ódio familiar
nas bocas das mães
eu não pedi pra ser salvo
meu corpo anuncia em risco
cicatrizes
outros desenhos
tatuados
molduras de sequelas
erros passados
mente saudável
corpo estragado
o pau sempre duro
eu sorrio e penso
"foda-se".

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Espelho do Caos.

Vejo meus desesperos
se transformando em poesias
chocando retinas
umedecendo bocetas
siriricas rompendo a moral
incitando colegiais
a promiscuidade
sim, só ama quem goza
me revelo extremamente vulgar
agarrado nas tetas públicas
tetas virgens
tetas sistemáticas
grandes e pequenas tetas
tetas, tetas, tetas
cultuando a um deus
sem nenhum brilho
borrem os lábios
os rostos maquiados
as bundas 
viva á mulher
viva á mulher
viva á mulher.

domingo, 20 de julho de 2014

Transver o Amor.

Esses olhos chorosos
olhos escorregadios de plenas mágoas
não chore mais olhos tristes
olhos de depressões salgadas
toda vez que seus olhos transbordam
a corda que esta no meu pescoço me sufoca
e morro estrangulado nos teus olhos vermelhos
olhos doentes de amor
lindos olhos
banhados de ressentimentos
um dia eu ainda vou entrar  nesses olhinhos apaixonados
e nunca mais sair.

sábado, 19 de julho de 2014

Faça o Favor de Abrir as Pernas.

Ás vezes eu fico lembrando
das garotas que eu transava
as coisas eram mais fáceis
não havia amor nenhum da minha parte
eu tinha sexo toda tarde
os boquetes eram divertidos
boquetes inocentes
de meninas que devoravam meu pau
puberdade
hormônios
várias adolescentes
poucas exigiam amor de mim
tenho saudade do sexo casual
sem reclamações patéticas
discussões
cara feia
choro
tenho saudade de quando eu não amava
de ser só mais um
um pedaço de carne
sem sentimentos
congelado
um pedaço de carne duro
num açougue
pronto pra alimentar um batalhão de fêmeas no cio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ruas Encantadas, Malditas Encruzilhadas.

Vem capengando
jogue fora seu gato velho
odeie de propósito
compre drogas fiado
coma a mulher de um agiota
acredite muito pouco
tenha fé no vermelho e nas lingeries
olhe pelo buraco da fechadura
ame apenas uma mulher e traia todas as outras
fique nu numa tarde prematura e cor-de-rosa
tente brigar também
quebre uns dentes
olhos roxos
cicatrizes
vão te de deixar mais interessante
fuja só da polícia
não tenha medo
não se arrependa
não tenha remorsos
viva a porra do teu sonho
antes  da cadeira de rodas.

Da Cor dos Meus Sonhos.

Violo tua boceta
de raios ultra violeta
com minha língua
te tomo quente em goles universais
me embriago de você
detalho seu corpo impuro
em versos sujos
convulsiono nas tuas tetas
minha valentia acaba nas suas coxas
você me irriga com teu choro
manancial de águas tristonhas
lágrimas decepcionadas
nossas folias improvisadas
meus desejos lésbicos
uma raiva amarela
te enveneno com palavras belas
juras de amor
não resisto aos teus olhos pedintes
- sim, nós vamos nos casar
você esclarece que me ama
e eu no meu lugar de cafajeste também te amo.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Dez Crucifixos Dourados Enfiados Num Rabo Cristão.

A corda bamba
esse constante fim que nos ameaça
a trepada na igreja que não demos
o filho que não fizemos
o arrependimento que nunca tenho
esse medo que te ronda
doenças compartilhadas
minha glicemia descontrolada
teu ciúmes exagerado
nossas ofensas
gozamos um na boca do outro
alguns porres
algumas mentiras
meu dedo acha fácil o caminho pro teu cu
várias madrugadas
seu mijo na minha cara
na minha boca
xingamentos
brigas desnecessárias
discussões radioativas
compõem o que chamamos de amor
de desgraça
nosso ódio em estado de graça
um sentimento que não acaba mais
um enfeite no pescoço dum santo.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Uma Felicidade Intranquila.

Para Jhenifer.

Nasci pra saborear teu amor
nosso encontro foi marcado
a tempos atrás
meu lugar é dentro de você
teu lugar é junto comigo
me aconchego no teu umbigo
te quero sempre mais
tua boca
teu sorriso
sem você eu nada sou
não existe poesia
vivo teus sonhos 
que já são meus sonhos
teu olho dentro do meu olho
você é meu presente
minha rainha de calcinha
meu troféu
nua pela cozinha
Iansã da minha vida
tudo que eu sempre quis
não te troco
por nenhuma meretriz
sigo sempre teus passos
tua voz
teus medos
ciúmes
tua fragilidade feminina
emoções gritantes
tuas visões
e alucinações
teus erros
e defeitos
por tudo isso e muito mais
te amei ontem
te amo hoje
e com certeza vou te amar amanha.

Machado de Assis Não Contava Com Essa.

Eu botava pó pros garçons cheirarem
em banheiros decadentes
imundos
a Ana Laura dizia que não queria me amar
porque eu era muito canalha
um desgraçado,
eu não quero pernas abertas
quero pernas reganhadas
tento me controlar 
tento amar mais
meu sangue é promíscuo
infiel
minha consciência é uma puta
27 anos me divertindo 
vadiando com fulanas e beltranas
em carros roubados
de andador
de cadeira de rodas
com grana
sem grana
estragando tudo
magoando mulheres
fazendo adolescentes chorarem
lambendo carnes
sem sentimento
apenas sexo
a Ana Laura sempre esteve certa
ninguém deveria me amar.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ilusões Abortadas.

Cale essa boca cheia
de arrependimentos
te observo jantando
fodendo
tomando banho
a eternidade acaba aqui
na minha cama
minutos, horas
não me satisfazem
cheirando pequenas flores
brancas e azuis
no meio da rua
beijos na cadeira de rodas
digo: - vamos trepar na rua
você nunca topa
- vamos trepar de manha
você nunca quer
carrego ofensas gratuitas guardadas nos bolsos
disfarço bem
amor com putaria
transo mais do que amo
prefiro assim
é melhor assim
só sou feliz quando gozo.

Olhar Juvenil.

Sorriso meigo
beijos discretos
meu coração desatinado
por sua plena adolescência
abriu a janela do meu espírito
iluminou tudo com seus raios de sol
olhos juvenis
de eterno cio
boicoto sua virgindade
extrapolo devaneios de uniforme escolar
recordo do cheiro do teu pescoço
do gosto do teu peito
e das tuas costas
a paz que você me roubou
é a paz que eu nunca tive
um curto romance
estendido e esquecido
no varal dos romances perdidos.

domingo, 13 de julho de 2014

Não Existe Piedade Para os Covardes.

Tira a criança do colo
sonhos que cabem na palma da mão
carinhos pagos
seios flácidos
coxas lisas com cheiro de creme
calçadas mijadas
domingos de depressão
"matem os covardes"
boquetes e revólveres na mesma varanda
almas pequenas
caretas
desprovidas de coragem
clamam piedade
a um deus que não esta lá
nunca esteve
nem nunca estará
pessoas que sem saber amar
entregam suas intimidades
em bandejas de prata
morrem aos poucos
com varizes nas pernas
trêmulas
doentes
enrugadas, fodidas
deixam aos seus filhos
como herança
o medo.

sábado, 12 de julho de 2014

Avenida da Confusão.

Pequenos olhos de enchente
me fez perder o prumo
e meia dúzia de garotas
só pra te contar histórias de coisas passadas
memórias trágicas
financiadas pelo crime
sentir o gosto da tua mentira
da tua ira
do teu amor
desesperos contínuos em garrafas de conhaque
madrugadas de sexo
manhas de sono
penduro em tua teta
minha ama de leite
permaneço todo dia
hospedado em teu corpo.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Francisca Senhora de Rua.

Nunca vi Iara chorar
havia entre nós compatibilidade de genes
queríamos  um do outro
apenas sexo
ás vezes ela me emprestava cinquentinha
eu enrolava pra pagar
Iara dos peitos redondos
de 2008
corpo moreno queimado de Sol
dezenove anos
estudando pro vestibular
Iara pervertida
que nem eu
Carolina Herrera
rindo quando cagou no meu pau
limpando tudo com lenço umedecido
o cheiro de bosta na sua sala
- liga o ventilador Iara
eu comendo Iara no elevador
no seu carro em frente de casa
numa casa abandonada
Iara sem sutiã estudando
enquanto eu via futebol
sem ciúmes
sem romance
sem amor
Iara era gente boa.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Um Umbigo Fundo e Uma Paranoia.

As mentiras mais bonitas
despejadas na tua orelha
uma vontade incessante de transar
deslizo minha mão torta pela tua alma
até enfiar meu dedo em algum orifício úmido
do teu corpo
minha canalhice esta sempre diante dos teus olhos
nítida, visível
nosso amor bipolar
caminha á beira do precipício
com ideias suicidas na cabeça
ou bem perto do paraíso
amor sagrado, abençoado
eterno
numa curta distância entre céu e inferno.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Desgostos, Carros Roubados e Bonecas de Gesso.

Curo teus desafetos
com minha língua na tua
brinca de rainha
na sala de casa
mordo forte teu seio direito
sempre juntos
Xangô é amor
é poesia
você soluça e se afasta
eu me entristeço
vivo o drama na  carne
-não chore mais
tire a roupa
goze outra vez
aproveite
Xangô é amor
festeje em meu corpo
surrado, tarado
torto
segure minha mão
não existe pecado
se enrosca comigo que a gente inventa qualquer coisa
bem sacana.

sábado, 5 de julho de 2014

Amor Indesejado!

Não acredite no amor
acredite no sexo
não acredite nos bêbados
acredite na bebida
não acredite no desejo
acredite na carne
não acredite em Cristo
acredite em Exu
não acredite nas mulheres
acredite na infidelidade
não acredite em mim
acredite em minha poesia
acredite nos marginais
não acredite nas cicatrizes
acredite no sangue
nas feridas abertas
não acredite no pecado
acredite no orgasmo
não acredite nos seus pais
acredite em você
não acredite na porra do seu coração
acredite na sua razão
não acredite em termômetro
acredite na febre
acredite nos olhos vermelhos
nas lágrimas
na quarta-feira
no suspiro
e no sorriso.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Pais Desagradáveis.

Priscila era mais alta que eu
loira da bunda grande
fodia muito bem
chupava também
lia Paulo Coelho e Cecília Meireles
escutava música eletrônica
ganhava 70 paus por semana de mesada
Priscila era boa filha
boa aluna
era Kardecista
olhos azuis
17 anos
tinha saúde e fazia academia
Priscila era minha namorada
até seu pai descobrir...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Poesia do Absurdo.

Orixás se masturbavam nos navios negreiros
eu botava pó no meu pau pra garotas cheirarem
Jesus morreu virgem
ela pedia pra eu ir mais forte
deixava o pudor em casa
dentro do seu guarda-roupa
escondido ao lado do seu diário
pra sua mãe não achar
eu dirigia carros roubados
assaltava postos de gasolina
deixava a Jovelina cantar seus sambas de raiz
meu ego inflamado
livre de doenças venéreas
com a consciência pesada
drogada
enfiava o dedo em todos os rabos
dormia pouco
e nunca chorava
Orixás se masturbavam nos navios negreiros...

Gaivotas e Paralelepípedos.

Essa paz suicida
pintada de neon
as lágrimas que saltam dos teus olhos
a morte não me convence mais
verbos psicopatas brotam de nossas bocas infames
eu digo " Não use a corda, use o revólver "
sábias prostitutas
bonecas de sexo
corrompidas crianças
nas calçadas e portas de escolas
ninguém é inocente
nenhum de nós vera Deus.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Jogo das Frígidas.

Se eu não amasse aquela mulher
seria mais fácil enganar
eu estaria nos braços de todas as mulheres do mundo
ao invés dos braços dela
que já são pequenos pra mim
eu queria ter o discernimento da Maria Rita
que não acreditava no amor e não amava
dizia que o amor não existia
acreditava no sexo e como trepava
mas o amor é uma porra mesmo
queria que acabasse
que as coisas voltassem ao normal
sem ninguém pra me chamar de amor
sem ter que fazer carinhos pra trepar
ter que concordar com coisas que você jamais concordaria
poder trocar todo esse amor por meia dúzia de adolescentes com fogo na xoxota
mas eu não posso
não consigo
e na verdade eu não quero
porque amar é bom pra caralho.