quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Clã do Djavan.

se esparrama pela cama de outros caras
como se fosse uma gata
no cio
desmanchando seu futuro promissor
a cada pino
de cocaína
revezando homens e sapatos
amigas e comprimidos
colecionando ressacas
doenças venéreas
e noites mal dormidas
barganha amores verdadeiros
por trepadas sem prazer em banheiros sujos
dispensa conselhos
senhora de si mesmo
pinta o cabelo
de vermelho
e desfila com classe
por entre mesas de bares
tem gente que te chama de promíscua
eu te chamo de artista
que assovia canções que ninguém conhece
e distribui mil cheques
sem fundos
por ai
as vezes te vejo
como se fosse uma deusa
presa
num frasco pequeno
de carma, pecados e veneno