quinta-feira, 28 de junho de 2018

Escada.

as vezes quando cê aparece a tarde
eu tento te decifrar
conto teus passos
da cama até o vaso
seu corpo mistico
de mentiras tolas
suas formas estúpidas de me fazer feliz
teu sorriso tem uma curva doentia
bonita
decoro a moldura da tua xota
e brinco com a língua no  teu clitóris
me perco nas tuas dobras
curvas e imperfeições
enquanto você me devora com os olhos
morena yorúbana
úmida e temperada
depois que vai embora
deixa sua sombra florescendo pelos cantos do quarto
os vestígios da tua pele marrom
teu cheiro fica na minha boca
e na minha mão