domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sol das 23 Horas.

Os flash's de um pedaço pequeno de vida
não tenho tempo pra ter medo
nem para tristeza
me lembro do coma
perdido entre o sonho e a realidade
quando todas noites são alucinógenas
não se pode gritar
não se pode correr
á espera pela morte exige paciência
fé e sorte
nessa UTI de derrotados
ninguém sai ileso
não me peça pra ser honesto
minha poesia representa o resto
migalhas de gente
que assim como eu
foram esquecidos por deus
os vagabundos
os viciados nos semáforos
essa gente que não sabe amar
os insatisfeitos de plantão
que acordam só depois do meio dia
e gargalham das suas existências insignificantes
o amanha não vale de nada
pra quem não gozou o hoje.

Marieta Indecente.

Te amar foi a coisa mais ridícula
que eu fiz na vida
perseguir teu rabo inquieto
aturar tuas crises
teu choro
domingos derretidos
pela tua beleza amaldiçoada
dando pra  outros caras na sua calçada
mastigando minhas madrugadas
espantando outras possíveis transas
que troca o papel principal
vira coadjuvante
e corta meus pulsos com uma navalha mística
adoça minha boca com beijos pálidos
rejeita minha malícia
nega meu sexo
despreza meu reflexo
me divirto que nem criança
até a hora que esse amor acabar
e eu me distrair com outra mulher.