domingo, 22 de abril de 2018

Matilda.

esqueci temporais passageiros nas esquinas bordadas das putas do centro
eu vi deus pendurado em letreiros luminosos
tomei porres com garotas tristes
e viados chiques
chorei no carnaval com o cu cheio de ecstasy
trepei sem camisinha
atropelei um cão
fui vadio sob o sol do meio dia
fumando erva e desbicando pipas
blefei com sonhos e seios
com doses de veneno e vendavais
me afoguei em copos de cana
entre mandingas e besteiras contemplei bundas e sambas no escuro
com suor, sangue e cicatrizes pichei meu nome nos muros
lambi xoxotas com cheiro de flor
no sofá da sala
me perdi em caminhos obscuros
dos vícios
dos crimes
mas tive que me suicidar em setembro
foi meu jeito de prolongar a vida
pra festa não acabar