quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tinha sangue no meu café.

Ela tava de batom
vermelho,
nas unhas um esmalte
vermelho.
Ela tinha sangue na boca e
nas unhas das mãos.
Ela usava um jaleco
branco,
calça branca, uma camiseta
com furinhos no
peito.
Ela tava feliz
ela sorria, ela me tocava, me alongava eu espiava seus
seios e me controlava
pra não ficar de pinto duro,
seria constrangedor ela perceberia e daria risada da minha cara, ou não,
talvez ela deixaria a filha e o
marido só pra trepar comigo.
Talvez.
Ela era loira e eu
não gostava de loiras só de negras, mas
ela tava de batom
vermelho
e esmalte nas unhas
vermelho.
Ela tinha sangue na boca e
nas unhas das mãos,
e uma camiseta com furinhos que dava pra espiar tuas tetas.
Ela sabia que eu tava com tesão,
as vezes ela relava no meu pinto por cima da
bermuda. E eu me controlava pra não ficar de pau duro,
seria constrangedor.
Ela veria que pelo menos meu pau ta funcionando normalmente, e me convidaria prum motel desses de beira de estrada mesmo,
e ela voltaria a tempo de
prepara a janta pra sua filha e
pro seu marido.
Ela arrumaria a mochila da filha
e faria amor na mesma posição
de sempre com seu marido.
Ela tava de batom
vermelho...

Jornal da manha ás 4 da tarde.



De manha cometo o suicídio,
a tarde passo no inferno,
queimo a carne no fogo eterno,
depois a noite sorrindo eu ressuscito.
Dai vou modificando sempre o meu destino,
sujando minha alma e minha consciência,
dando forma a minha decadência,
fazendo amor com uma morena ou fumando um fino.