domingo, 30 de novembro de 2014

Noites de Novela.

Te amo quando estou sozinho e a chave de casa ta na caixa do correio
amo teu sentimento vulnerável
temperado com suas negras raízes
essa ausência de paz que tem nas tuas coxas
teu perdão pros meus erros imperdoáveis
cantando o amor
sambando nos teus olhos
teus anseios domesticados
sem herança
meus dias são sempre hora do recreio
sou criança
passeio no teu seio
de pupila dilatada meço teus sonhos
de maternidade
enquanto eu apenas morro
sem pedir socorro
nos teus soluços
fazendo as coisas sempre iguais
gozando na mesma posição
desatinando emoções em calçadas de paralelepípedos
sem ver o sol raiar de terça-feira
as vezes queria chorar
o choro que te nego tanto
colecionando desafetos
enquanto nosso amor ainda é quente
e seu sorriso compensa meus cheques sem fundo.

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