quinta-feira, 3 de julho de 2014

Poesia do Absurdo.

Orixás se masturbavam nos navios negreiros
eu botava pó no meu pau pra garotas cheirarem
Jesus morreu virgem
ela pedia pra eu ir mais forte
deixava o pudor em casa
dentro do seu guarda-roupa
escondido ao lado do seu diário
pra sua mãe não achar
eu dirigia carros roubados
assaltava postos de gasolina
deixava a Jovelina cantar seus sambas de raiz
meu ego inflamado
livre de doenças venéreas
com a consciência pesada
drogada
enfiava o dedo em todos os rabos
dormia pouco
e nunca chorava
Orixás se masturbavam nos navios negreiros...

Gaivotas e Paralelepípedos.

Essa paz suicida
pintada de neon
as lágrimas que saltam dos teus olhos
a morte não me convence mais
verbos psicopatas brotam de nossas bocas infames
eu digo " Não use a corda, use o revólver "
sábias prostitutas
bonecas de sexo
corrompidas crianças
nas calçadas e portas de escolas
ninguém é inocente
nenhum de nós vera Deus.