quinta-feira, 11 de junho de 2015

Rafaela Depravada.

meus carinhos
deslizam no fio da navalha
zombam dos seus sonhos de star
minhas madrugadas são longas demais
pros teus feriados
minha tristeza é suicídio gata
deixo a janela aberta
á esperar outro soco na cara
mastigando sentimentos a noite inteira
pra amanhecer com teu cheiro na cama e infeliz
perto de você
pega mal sofrer
me convence que nada é por acaso
essas merdas que os espíritas dizem
mas não lê minhas poesias
e inicia sessões de tortura quando encontra
fios de cabelo diferentes do teu
no piso branco
do
meu
quarto.

Cortem o Pescoço do Vicente.

não faço metáforas
tô apaixonado por uma vadia dopada de LSD
que me iludi com boquetes no meio da tarde
não sei mais quem eu sou
nem Freud saberia
sou um indigente no reflexo do espelho
caras calmos não são lembrados
cafajestes nunca perdem a classe
meus disparos são á esmo
já que o filho da puta sou eu mesmo
não posso culpar ninguém
por perder o amor da minha vida
vamos lá
me crucifiquem 
ou tirem a roupa e preparem outro copo de uísque
puro
de porre em porre me torno desprezível
a Jheni sabe disso
essa porra de perfume me faz lembrar ela
sinto falta de escrever poesias de madrugada
com ela na cama do meu lado pelada
mas as coisas mudam
e ás vezes parece que a gente nem se conhece
achei que seria fácil te esquecer com vinte garotas
pois é
cê sabe
achei errado.