segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Quermesse.

te avisei sobre o choro
sobre o desgosto
sobre términos repentinos e prematuros
das bebedeiras não restam quase nada
nem amor
nem ressaca
do sexo sobra sua boceta molhada
me esquivo de seus olhares
das suas mensagens
subliminares
na memória fica o cheiro impregnado da tua carne
te avisei sobre o desamor
a desilusão
sou ateu e
seu deus não ouve preces de ninguém
não me julgue meu bem
não procure sentido na vida
tome um porre e transe com alguém
ou faça as unhas e se masturbe no sofá da sala
te avisei sobre os perigos de amar no escuro
não corte os pulsos
fuja descalça
pule o muro de casa
ou fale mal de mim pra outros caras
mas se lembre de nós quando olhar pela janela