terça-feira, 22 de abril de 2014

Dança da Desarmonia.

Acabou quando você me ameaçou pela primeira vez
aquele dia que nós trepamos na minha
cadeira de rodas,
você disse que me mataria se soubesse que eu tinha outra mulher e eu na minha posição de sequelado, aleijado, deficiente e incapaz  rezei
pra não
apanhar.
Você espumava  no canto  da boca
e me xingava
baixinho e eu nunca pensei que um dia eu poderia ser vítima de crime
passional,
seria hilário morrer desse jeito
enquanto você gesticulava nua na
minha frente eu
imaginava você indo até a cozinha pra pegar uma faca
e passar no
meu pescoço
você me veria agonizar todo ensanguentado pelado na minha cama e depois vestiria seu uniforme escolar e iria almoçar na casa dos
seus
pais
arroz, feijão e bife.
Seu ódio durou algum tempo ainda
até
que você se sentou do meu lado
e eu te beijei e
você
me beijou
eu limpei suas lágrimas com minhas mãos tortas
trepamos de novo
fiquei sem jeito de te pedir pra por a camisinha.
Na hora de ir embora você me beijou
calada e se foi,
nós nos encontramos mais umas vezes
mas
você já tinha fodido com tudo.

A Filha do Pastor é a Mais Safada da Cidade.

Eu acho tão bonito como você limpa meu
pau depois do sexo,
teus gestos tão meigos quando cê me dá o café colocando a caneca na minha boca 
e vai me servindo em
pequenos
goles,
tua boca sempre na minha boca e tuas
mãos sempre
me
fazendo um carinho sem 
me pedir nada
em
troca.
Quando eu olho dentro dos teus olhinhos infantis eu vejo um campo fértil 
povoado de sonhos, planos e ardentes desejos de
mulher
mergulho em você 
sem 
saber nadar
e torço para esse amor nunca se acabar.
Escrevo poesias em sua homenagem
fico excitado com seus beijos e
com
o cheiro do
seu sovaco,
odeio te ver chorando e
me amarro nas tuas cicatrizes,
te irrito 
de
propósito só pra te ver puta comigo.