terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sede dos olhos.

Quero te tomar em goles pequenos,
como café quente,
quero ser tua camisola transparente,
e te abraçar nas noites de sereno.
Vou te emprestar um livro do Jorge Amado,
 se você quiser te levo no Candomblé,
peço á Xangô pra te fazer minha mulher,
veria teus olhos sempre me olhando apaixonado.
E no seu ventre rabiscaria nossos planos,
no seu ouvido cochicharia poesias,
nas suas coxas nasceriam flores que aguamos,
e tua pele só eu beijaria.
Quero te provar como um faminto,
morder teu pescoço,
como um cão que morde o osso,
choraria só pra te ver sorrindo.
Num domingo a gente escutaria um disco do Nação,
ou do Miles, ou da Nina,
você seria minha menina,
e no sofá da sala morreríamos de paixão.