terça-feira, 13 de agosto de 2013

Do passado.

Espero que ela jamais me esqueça, que um dia ainda queira voltar atrás, e que no escuro do seu quarto me reconheça, saiba que como eu a amei, ninguém mais faz. Que ela admita que desejei fazer no seu ventre meu jardim, e que pra ela me entreguei de corpo e alma, admita que por ela eu daria um rim, e por um tempo foi ela a dona da minha calma. E saiba também que amei teu corpo, e que como de costume fui infiel e depois chorei por ela, e quando ela dormia era eu que cuidava do seu sono torto, e quis um dia morrer naquele sorriso branco dela. E que foi com ela que descobri o amor, e á amei como um virgem, descobri nela algo puro, e me machuquei e gostei daquela dor, e hoje beijando outro seio, lembro ainda lembro daquele corpo escuro...

Blusa azul.

É a luz dos teus olhos que me conduz,
dona da minha utopia mais bela,
do meu conto de fadas é você a Cinderela,
é o meu axé que o atabaque reproduz.

É a tua boca que quero beijar,
quero que seja á estrela do meu céu,
é você que despertou em mim um jeito estranho de amar,
é no teu dedo que quero por um anel.

É de você que lembro quando escuto um bom samba,
é o teu corpo que desejo,
na hora do banho, no café da manha é teu rosto que vejo,
me perco todo dia nos teus olhos pequenos  e fico de perna bamba.

Aquela foto que você tá com uma blusa azul,
debruçada numa mesa,
boca desenhada, nariz de negra, uma beleza,
ah se você deixasse eu provar do teu amor Mannu.