Não vejo muitas virtudes em mim,
minha alma esta manchada,
na minha cara a falta de vergonha esta estampada,
uma vida inteira de vadiagem sem fim.
Minha carne é fraca,
minha mente é pitoresca e bipolar,
minha consciência é rala,
meu prazer sempre em primeiro lugar.
Nunca gostei de acordar cedo,
sempre me envolvi com mulheres erradas,
como um bom amante amei á madrugada,
errei mais do que acertei, porém nunca tive medo.
Muitas vezes desejei a morte,
por vezes pelas drogas, outras pelos amores,
já beijei bocas de diversos sabores,
carrego em meu peito um enorme corte.
Já duvidei da existência divina,
da vida levei uma surra, apanhei e chorei,
me desesperei, entendi minha sina,
hoje caminho em passos de idoso e não posso dizer que não aproveitei.
