sábado, 8 de fevereiro de 2014

Cinzas de fevereiro.

Porque ela gosta tanto de mim,
porque ela tem a boca mais linda do mundo,
porque ela é a tulipa mais bonita do meu jardim,
porque ela acalmou meu coração vagabundo.

Porque tudo nela vira poesia,
seus peitos, suas coxas e seu sorriso,
teus dentes brancos, teu umbigo,
porque por ela vou largar a putaria.

Porque o beijo dela me acalma,
e sua insegurança me atormenta,
achei nos olhos dela um lugar onde minha inspiração nunca se ausenta,
por ela venda á parcelas minha alma.

     Para Jhenifer.

E eu nem vi a Dona Dirce.

Ela me disse que perdeu a virgindade
aos
dezoito
anos, que não gosta de maconha e que
prefere transar
no mato  do que num
motel.
Quando eu fico olhando dentro dos olhinhos puxados ela fala com ternura:
- Que foi?. E abaixa a cabeça.
Nessas horas o amor me invade e fode com tudo
aqui
dentro, e
quando ela me fala das suas inseguranças e suas neuras eu
fico com medo,
me
sinto
culpado
e
cresce um remorso precoce,
porra é complicado.
Ela me parece tão ingênua e indefesa,
tão frágil, tenho medo
de quebrar ela ou
faze-lá chorar.
E eu ainda não consigo
fazer versos
rimados
pra
ela. Deve
ser amor caralho.