sexta-feira, 17 de julho de 2015

Daqui Meia-Hora.

sua negligência
se torna a razão da sua beleza
seu sorriso desenhado no canto do meu quarto
um futuro
tomando café
numa varanda sentada numa cadeira de fio
seu sexo com gosto de adoçante
pra controlar minha diabetes
insistentemente
na última semana
deslizando sua boca
na minha
coçando minha barba
sem motivo algum pra me amar
enquanto deposito minhas fichas
numa virginiana
que vi só uma vez
na vida
eu sei que logo você vai me odiar
sem nunca ler as poesias
que fiz pra você
hoje não vou sair
to bebendo desde ás 4
e não quero cheirar
eu sei que nunca vou te amar.