terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Fernanda Rabo Preto.

Todas as tardes eu te farejava
como um cão
de segunda á sexta
das 14 as 17:30
escutava você gritar a empregada no portão
e vinha direto pro meu quarto
com o cabelo ainda molhado
cheirando a shampoo
sorrisos inesquecíveis e mentiras pros seus pais
flertava a minha realidade com a sua
sonhos impossíveis
acatando meus caprichos
coisa de pervertido
trocando pedaços inteiros pelas minhas metades
se esforçando em  gentilezas incapazes de me fazer gozar
plantando sementes em uma terra improdutiva
apenas as nossas trepadas não foram em vão
o sexo nunca é em vão
a fé as vezes compensa
seus rebolado e boquetes também
o ápice do sentimento nunca tinha
inexistente emoção
um amor que não existiu
um coração que não retribuiu
ingrato aos mimos oferecidos
e exagerados.