terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Shiva.

deixa a chuva cair
o ácido bater
as meninas
deixa a cocaína
as mordidas
deixa o choro rolar


deixa a poesia e
tenta dormir
mordendo os beiço
que nem eu
rindo sozinho
ás 5;51 da madrugada
mais feliz que meu vizinho
rico


controla seu demônio


não confunda carência com caridade

alcança a luz
ali na janela
pelado, bêbado e drogado.

Seu Alcídes.

sexo amanhecido em papel crepom 
o horário de verão é doce
espetaculares bailarinas
dançam virgens sobre meu coração
o sol que estupra minha janela
outra caneca de café
versos nocivos
pra desonrar minha família
antes era os crimes, mulheres e a cocaína
descobri na poesia
um jeito mais sutil de agressão
no lirismo das armas brancas
desenhei um poema
pra uma morena chamada Dirce
e na facada que dei no seu pai...