sábado, 8 de agosto de 2015

Odeio Cães.

a vida te injeta doses místicas
na veia
e derruba dois anjos céticos
lá do céu
bem na sua frente
somos todos doentes
amar não é um verbo digno
segunda-feira pego meu revólver
novo
vou mostrar a verdadeira face
da minha poesia
de homicida
quero gozar na boca da Bruna
não vai adiantar acender vela
oração, simpatia e reza
porra nenhuma
evito meu semblante
no espelho
basta ser puta
pra eu me apaixonar
não dispenso trepadas matinais
odeio cães
não sou fiel
o entra e sai de vagabundas
ta chamando a atenção das vizinhas
logo minha casa cai
outra vez.

Saudade Infame.

apodreci seus sonhos
nas tardes abafadas
de cachaça e
fumaça
não te deixei dormir
fui um filho da puta
dentro e fora da cama
hoje com a boca amarga
descobri que te amo
depois que você já se foi
e eu não consigo chorar
perdi a fé na infância
não tenho um deus pra implorar
um milagre que te faça voltar
convivo com meu castigo
e uma pretinha gostosa
que eu não amo
mas ela da o cu toda vez que eu peço.