terça-feira, 14 de outubro de 2014

A Costela de Adão.

Ando desequilibrado nos teus beiços
rotina do meu amor distraído
que passa pela tua boca de misericórdia pagã
faço preces á Exu
pra que os mistérios da tua xoxota não me enfraqueçam
teu Cristo não compete com meu labirinto vadio
de demência e infidelidades
consumidas pela chama eterna de Xangô
Kaô Kabiecile
nas sobras dos teus "ais"
recorro sem remorso a outras tetas
ponho em prática meu cinismo mais sincero
e esqueço o amor em camisinhas usadas sabor morango
mulheres de estampas coloridas
desejo voraz
sem extrema unção
extremamente talentosas na cama
isentas de pudor que nem você
as vezes não me resta nada
tão pouco
ou quase nada
um cheiro no meu lençol
ou uma lembrança de um domingo a tarde.