sábado, 22 de novembro de 2014

O Neto Viado da Dona Santa.

Instauro polêmicas no teu ventre ainda quente
ménage não
orgia não
suruba não
desfloro teu amor de menina virgem
mije na minha cara
pra eu morrer nas sarjetas do seu corpo nu
de espetaculares maldições não cumpridas
cadela prenha
mulher grávida
suas lágrimas de retirante
sangue nordestino pulsando nas veias do teu pescoço
derramando cerveja na minha camiseta nova
desprezando os corres que eu fazia
atrás de grana, farinha e
mulher
com a mão no meu braço enquanto eu ando de andador
desafinando o coro dos crentes
reforçando a atitude dos delinquentes
da prostituta que caminha sozinha na volta pra casa
e reina soberana no espelho do banheiro
eu sei que meu histórico não te favorece em nada
o gosto amargo do passado
de chinelo e bermuda nas noites de verão
o feitiço da lua ainda me provoca
eu sei
cê sabe
que pra mim a noite nunca acaba.

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