quinta-feira, 1 de março de 2018

Cadarço.

foi no primeiro dia de março
numa tarde morna e calma
que te provei temperada
pela primeira vez descobri seu seio marrom
suas marcas imprimidas pelo sol
meu riso besta e dissimulado
rezei pra te perder
só pra depois te procurar entre os segundos frenéticos dos ponteiros
guardei suas besteiras pra te ver depois
e te chupei como se fosse manga
te senti como se fosse um fado
pesado e bem cantado
salivei como animal
me desculpei pelo mal que ainda nem te causei
admirei tua beleza primaveril
ardida e sem um pingo de razão
uma luz efêmera brincando com meu coração