dezembro tem o cheiro das putas
da casa vermelha
o mesmo enredo
de samba, pó
dos dias virados
sentado em engradados de cerveja
pratos e copos sujos
rabo de puta contagia
ninguém compreende minhas noites
olhos de estrela cadente
vibram a intensidade desses corpos
clichês pornográficos
putas amigas
despreparadas pro amor
sou o mesmo cara de antes
no convite pra sair pra conversar, beber e
dançar
descontraídas
essas putas suicidas
inesquecíveis perfumes
exagerados decotes
pra poluir pensamentos
reinam o batom
nos espelhos
sagradas prostitutas do meu coração
dos virgens
dos broxas
resistem a tristeza das doenças
a saudade dos filhos
putas foram nobres rainhas
de outras reencarnações.
sábado, 5 de dezembro de 2015
Manhas Ateias.
te vi confusa
marquinhas de biquíni
sem blusa
resmungando seus amores
sentada na poltrona
pude ver seus olhos lúcidos
enquanto tirava o absorvente
pra gente transar
lamentando as manhas
abrindo a janela
convidando o dia
pra iluminar meu quarto
foi assim que te conheci
garota amanhecida
suspensa nos meus goles
de conhaque com guaraná
descanso meus desejos
na juventude do seu corpo
mas o amor é um negócio brutal
machuca a carne
murcha flores coloridas
de tesão
a herança do amor
é a dor
se não te amei
foi pra te preservar.
marquinhas de biquíni
sem blusa
resmungando seus amores
sentada na poltrona
pude ver seus olhos lúcidos
enquanto tirava o absorvente
pra gente transar
lamentando as manhas
abrindo a janela
convidando o dia
pra iluminar meu quarto
foi assim que te conheci
garota amanhecida
suspensa nos meus goles
de conhaque com guaraná
descanso meus desejos
na juventude do seu corpo
mas o amor é um negócio brutal
machuca a carne
murcha flores coloridas
de tesão
a herança do amor
é a dor
se não te amei
foi pra te preservar.
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