segunda-feira, 31 de março de 2014

Retrato pintado de branco.

Você sempre me procurava quando estava bêbada e sempre fazia as mesmas propostas depois que a gente trepava: - Se você largar a cocaína eu largo do meu marido.
Sempre gozava de quatro
ou
na minha boca e na hora do banho nunca molhava o
cabelo pro seu marido não desconfiar.
As vezes você me
deixava puto me dando lições de moral como se você tivesse moral, uma vez pra não te xingar de puta eu desci do seu carro e
dei um bicudo na porta, você era
gostosa e
nada
mais.
Me lembro de você dando nó nas
camisinhas e jogando na
privada,
ou de você
fazendo
pose no espelho
do Demaglio, ou falando mal do seu marido
que ele era ruim de
cama,
que não sabia chupar,
e era um estúpido.
Um fim de semana que ele foi viajar á trabalho
 eu acho
nós passamos a noite juntos na sua casa, eu estava com 5 gramas de pó estávamos escutando Robert Jhonson no note book
dele, você andava pelada pela casa
eu te comi na mesa
da cozinha, no sofá da sala,
e depois comi seu cu na sua cama eu tava tão louco que eu nem te disse o quanto você tava bonita aquela noite,
eu cheirei numa foto
do
seu esposo e você até riu do bigode branco de pó que
eu fiz nele.

Minha quarta-feira de Xangô.

Se digo que por você tenho amor,
é porque é verdade,
quando você me diz que exigi fidelidade,
eu te peço pra não ter pudor.

Com você desejo que tudo seja eterno,
toda vez que cê diz ser minha,
e dormimos de conchinha,
eu duvido da existência do inferno.

Na hora que olho dentro dos teus olhinhos infantis,
te vejo sem graça e acanhada,
ou na hora do amor que é sempre madrugada,
penso que se eu te perder nunca mais serei feliz.

As vezes fico encabulado,
com o jeito que cê cuida de mim,
não liga pro jeito que eu falo todo enrolado,
eu faço do teu corpo uma nascente de amor sem fim.

Fiz de você meu Sol,
meus disco do Cartola,
meu sonho Quilombola,
minha partida de futebol.