quinta-feira, 21 de julho de 2016

Berço Ordinário.

janelas continuam sempre nos mesmos lugares
de vidro e aço
me oferecendo um céu
banquetes de cores premeditadas por um deus voyer
para ver seu corpo liso 
se enroscando no meu
bate punhetas apocalípticas 
e goza por uma deusa negra yorubá 
cicatrizes são espelhos refletindo o passado
na pele 
seu instinto
seu sexo de bicho
sangrando me procura
no cio 
no tapete da sala
na cama
não me ama
nem nunca me amará 
quem castigou as crianças deficientes?
espere madrugadas falantes
dançando seminua na melhor sombra do meu quarto
com a janela fechada pra te esconder de deus
                                         Larissa.

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