terça-feira, 19 de julho de 2016

Pedro&Dora.

vi brilhar seu corpo vulgar
sob o edredom vermelho
sonhei um sonho derradeiro
como eu queria cheirar seus pelos
nas carícias que o tempo te fez
nas suas dobras
no seu tesão
manchando sua calcinha
o mel sagrado pelas suas coxas maduras
azedo tamarindo
escorre
me beija
mas não me deixa
em paz
sei da estrela tatuada bem perto do seu sexo festeiro
e reina soberana
de sandália ou de salto alto
seios de porcelana
mete o dedo na minha ferida
e sorri enquanto me castiga
guardo aquela foto tua com um turbante
sou o mesmo moleque vadio de antes
que bebe e trama
que sofre e também ama
compondo teus beiços sem rimas
sem ritmo
apenas poesias que te faço
de sonhos que tenho
exatamente igual quando passeávamos pelos bares
sem pressa de ir embora
procurando lugares escuros para mijar
esperando uma morte violenta ao teu lado
dentro de um táxi

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