terça-feira, 9 de junho de 2015

Décima Nona.

fiquei com teus restos mais interessantes
com a melhor parte do teu nada
pra enfrentar a  insônia
e beber sozinho até ás seis da madrugada
despreparado pro meio-dia
escondendo calcinhas
garrafas e camisinhas
atrás da poltrona
trocar o nome do seu irmão viciado
suar com você por cima de mim
meus dedos em você
enfeitando seus dias
você assistindo filme com minha camiseta cavada
com os pés no meu pau
vasculhando meu guarda-roupa
com os olhos vermelhos
de ciúmes
sentindo na pele
o que as outras também sentem
eu não menti
não engano
quem eu não amo
minhas mentiras são como um analgésico
pra tirar a dor que as minhas verdades podem causar.

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