sexta-feira, 30 de junho de 2017

Jornal da Manhã.

seus olhos de cigana
que atravessa a rua sem olhar pros lados
peitos e lágrimas
garota emancipada pelos pais
dona do caos
leva a vida sem maquiagem
as vezes vem a noite
as vezes vem a tarde
há um sol domesticado no teu umbigo
ah se eu tivesse te conhecido no verão
quando os sentidos não precisam de razão
perde brincos, baganas e colares
falsifica orgasmos, notas e documentos
confunde as estrelas enquanto me ensina a viver
na ponta dos pés esquece seus desamores
e capricha nos drinques
pra festejar maldições e abusar das drogas sintéticas
menina que me devora com fome
me faz salivar
feito um cachorro violeta
bebendo água na sarjeta
talvez não exista destino
talvez ninguém entenda o amor
talvez toda vez que eu profano teu corpo uma santa de gesso chore lágrimas de sangue

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