quarta-feira, 8 de junho de 2016

Bruno 155.

ninguém sentirá falta dos indigentes
pisando na própria sombra
em comunhão astral com lança-perfume
meu peito é uma janela aberta
aguardando o próximo verão
das loucuras do seu espelho
esperando permissão pra morrer
pra te engolir num único beijo
eu vejo como você ginga
seus calendários, suas orgias
uma estrela perdida na minha cama bagunçada
de olhos psicopatas
minha maneira de te cortejar
um sol pendurado na tua orelha
douradas bijuterias
passa semanas sem dar notícias
reaparece refeita
com novas drogas na bolsa
dizendo coisas sobre o choro encharcado que superou
cansada de enterrar tantos amores
apalpa os seios e culpa os homens
á vida
á falta de sorte
troca de músicas
testa novas posições
conta dos seus casos
gosto de você exatamente assim
feita de álcool e despudor
de incontáveis ressacas
crente que tudo vai passar
num relâmpago ou num sorriso
tudo passará

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