terça-feira, 19 de abril de 2016

Bar do Magrão.

vi uma primavera inteirinha
decaída no mel dos seus olhos
coloridos de sacanagem
mensagens subliminares
entre suas coxas de veludo
um Exu escondido na tua boceta
antes das seis da tarde
morro de overdose e saudade
como o tempo que alisa teus pelos
seu espelho que tem a sua cara
e as tardes inacabadas
com o cheiro do seu perfume
coisas celestiais e paradas cardíacas
um pouco do seu sangue no meu pulmão
um buquê de flores envenenadas na palma da sua mão
e setenta e sete beijos que saem da tua boca
o amor é uma velha encardida fumando cigarro na varanda
e nós estamos em abril
a intimidade com a dor é só pra quem já sentiu
a realidade dos seus escândalos me convencem
por essas e outras nunca te chamei pra ir ao cinema
mulheres iguais a você precisam de mais
muito mais

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