quinta-feira, 17 de março de 2016

Ana e o Menininho.

baila no inferno
na missa dos prazeres
cúmplice de pecados
a preguiça no seu sorriso cor de meio dia
no estado de graça que eu deixava seu clítoris  
somos promíscuos negona
infiéis por natureza
seu veneno despejado em outros paus
eu sei do seu talento
continuo obcecado pelos astros
pelo sol, pela lua
e pelas mulheres
somos de barro minha menina
tua cara lavada de onça pintada
suas siriricas no meio da tarde
mas a vida é um negócio de fazer
de mexer
de errar
você gosta dos vira-latas
e deve se odiar por ter tatuado meu nome
no seu rabo
me divirto só com um pedaço de céu
desenhado na janela do meu quarto
mas tudo bem
tudo que é belo é vulgar
e eu só não soube te amar
não me difame por isso

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