sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Olha a Sara Vira-Latas.

deixa chover
que aqui dentro eu prolongo  
meus porres
que sempre serão homéricos
mantenho meus sentimentos
sempre a margem
celebrando meus vícios
meus versos promíscuos
meus amores cínicos
e um punhado de problemas
ligados ao sexo
minha poesia
que beija a boca das mulheres
chora as madrugadas
almas maquiadas
dissimuladas
essas mulheres
cruéis
ariscas
nocivas
carregam armadilhas no ventre
de baixo das saias
feitiços
com asas de anjo
seus santos nomes
lingeries, brincos, perfumes
colares
mulheres são trovões
noites acessas
mulheres são feitas de paixões
e nada mais.

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