sábado, 14 de novembro de 2015

Negra Bailarina.

meu cotidiano pulsa
cintilante
tempestade de desejo
a carne não me mete medo
o amor sim
mexas de cabelos
castanhos
Caymmi, Cartola
Candeia e Adoniran
na romaria de sexo
aprendi a ler o pai nosso
reluzentes orgasmos
escondi meus poemas e
minhas traições
temperei com sal e limão
o cru da vida
drogas sintéticas
não fiz proveito nenhum do coma
mulata feiticeira
Ellen boqueteira
borda seus olhos na minha pele
deslizando sua alma pra longe de mim
arquiteto de orgias
palavras ditas pelos rabos
na indecência dos meus atos
me deitei embriagado
minha cama tem cheiro de pecado.

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