domingo, 1 de março de 2015

Dança de Cadeira de Rodas.

Esquece a lua sozinha lá fora
a paz de mentira em noites quentes
esquece o veneno que há no teu perfume
desliza mais uma vez a faca cega nos meus pulsos
não se acostume
conversa comigo até amanhecer
finca uma bandeira com teu nome escrito
no meu peito completamente vazio
brilhe do meu lado até ás duas da tarde
perdoe minhas traições
os porres prolongados
as recaídas são inevitáveis
garrafas pela metade e tapas na cara
minha adicção vai além da cocaína
meus vícios são tragédias anunciadas
todo amor tem a luz de uma estrela morta
nem as ciganas vão decifrar a palma da tua mão
ninguém entende nossa dança na cadeira de rodas
a transgressão de sorrisos dilatados
dos teus dramas exagerados
nem o meu amor deficiente e problemático
inconveniências amorosas
que trago pra nossa cama.

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