quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Vítima do seu Absurdo.

Quero outra vez teu carnaval
lamber tua coxa
te devorar feito um animal
limpar a tristeza do seu rosto
com minha mão
esquecer que fora do quarto
existe vida
te ver sambar no meu colo
ignorar os pecados
esperando você derramar suas noites sem lua em mim
exaltando tua beleza de ancestrais negros
alforriados na minha cama pelos poemas que faço pra você
sem deus para nos julgar
nem rei para nos governar
alguns porres, alguns sonhos pra dividir
agonizando no seu corpo de esquina
sua nudez exposta e desprevenida
que vara as madrugadas fazendo amor e bebendo conhaque
calibrando meus delírios mais vulgares
meus desejos pornográficos
te amo toda hora
só que te amo mais de noite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário