sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Claudemir Vendedor de Crack.

ela ri dos meus dentes fodidos
por causa de pó e porrada
repara no meu bigode e me chama de canalha
perde a conta contando minhas cicatrizes
andando pelada pelo quarto
enquanto eu encho a cara
de quatro da seu rabo pra eu chupa
cabelo amarrado
rabo de cavalo
ela adora cavalga
tenta entende qualquer merda que eu falo
no estilo Maria Rita
esconde dentro do peito um diabo que grita
menina sinistra
lá fora chove estrelas cadentes
aqui dentro ela fica bonita arreganhada
dizendo que eu não mudei nada
que conheceu minha ex namorada
que só penso em bola, xota, grana fácil, droga e cachaça
ela me pergunta sobre o futuro
eu respondo que o mundo ta ao contrário
e que se nada der certo eu volto pro tráfico
ela sorri
e beija minha boca como se fosse minha cúmplice

Nenhum comentário:

Postar um comentário