quinta-feira, 16 de março de 2017

Papagaios.

Bia chega tarde da noite
desajeitada deixa a bolsa jogada no chão
ri do meu bigode
sem constrangimento tira a roupa
devoro seus pedaços como canibal
Bia abraçada com a madrugada
expõe seus pelos pubianos sem pudor
meu coração vagabundo
prestes a te entregar meu mundo
pauso o tempo
quebro teu relógio pra você ficar mais
não esqueço cada passo
cada palavra
cada risada
preparando as horas quentes
cheirando a suor e cerveja
reparo nos traços grossos de tua boca
esse enfeite bonito de beijar
Bia estrupa minha retina
como um baque de morfina
pinta sua loucura em meu céu escuro
desde que desaprendi a voar
gosto de mulheres iguais a você
difíceis de traduzir
problemáticas e singulares

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