sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O Ralo do Banheiro.

se por acaso eu tivesse presenciado o momento exato de sua morte
atropelada na avenida principal pelo caminhão de gás
ou num tombo bobo do nono andar do seu prédio no centro
meu bem
eu teria escrito meus melhores poemas em tua homenagem
e bêbado choraria de saudade
mas não
perdi o tesão
sai de role com os amigos da facção
não te reconheci e
com uma bala no tambor fiz um estrago
assinei meu pacto com o diabo
e não fugi
foi naquele ano que eu me fodi
te disse - não se envolve
maldito 2009
sem disciplina
não morri de pirraça
sorrindo da própria desgraça
e depois de ressuscitar
insisti  em continuar com vadias
e planejei meu futuro no crime
ao mesmo tempo pedi benção pra mãe, vó e tia
dois anjos de cócoras na tua cama
confesso que limpei meu pau no teu pijama
aquele dia das garrafas de Balalaika
falhei em não te amar

Nenhum comentário:

Postar um comentário