segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Cubo Mágico.

nos prazeres de meio-dia
quando se agradece á Oxóssi a fartura da mesa
e quase sem querer odeio cristo e minha mãe
ninguém sabe quantas vezes na semana desejo morrer
essa coisa doida dentro de minha cabeça
meu histórico suicida
dos erros
dos crimes
dos vícios
do céu laranjado
nuvens dançantes
dos traços raros na cara das meninas
sobre as cores e os corpos vivos no carnaval
a cachaça infame
as bundas de fora
quem nunca mijou na rua que atire a primeira pedra
Exu cochicha nos ouvidos
nas farras prolongadas
fornicando nas calçadas
meu tempo é ao contrário
meu gosto é pelo errado
já nasci brigado com o destino
procurando outra estação de rádio
esperando outros dias
descartando amores pelos próximos verões
obcecado por olhos doentes
de morenas distantes
com suas almas abertas pra novas loucuras
das doenças contemporâneas
enquanto eu escuto os sambas mais bonitos

Nenhum comentário:

Postar um comentário