quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Jesus Nu.

entra pela porta porta sem bater
como um sol que invade minha janela
uma divindade bêbada em plena tarde
gastando a herança do pai
Maria Rita é o de repente
mais diaba do que gente
sem hora pra partir ou pra chegar
que mistura cachaça com coca-cola
que descobriu orgasmos  cavalgando em cima de mim
Maria Rita é uma história mal contada
uma cena de novela inacabada
noites de cocaína imaginando onde Maria estará
eu agonizo com a boca na tua teta direita
Maria Rita é um jogo de azar
desgraçando minha vida e rindo enquanto enfia dois dedos no meu rabo
me faz de gato e sapato
ignora o amor
não faz planos
esparramada na cama
Maria Rita é o chão cheio de confetes e serpentinas durante o carnaval
efêmera Maria
é o gosto amargo do ácido na ponta da minha língua

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