quarta-feira, 23 de março de 2016

O Câncer da Francisca.

porra
nunca fui pacífico
minhas mandingas são atentados
terroristas
o sexo é contravenção
não peço benção pra cristo
a euforia dos tragos
antigamente era roubo de carros
vadias dissimuladas em desmanches
violentos jogos de futebol
essas fita de embala droga em motel
boquetes
boi é toalete
157
chora o sal do próprio corpo
essa merda é uma piscina rasa
flutuam policias e socos na boca do estômago
o ódio prospera naturalmente
cocaína e um bom negócio
pra quem não usa
dois tiro pra ela tirar a blusa
e o crime é assunto de bar
cultura  exclusiva de periferia
onde não se tem tevês de plasma
carro novo
empregada doméstica
o revólver embeleza a estética
i podh
peita de marca
mas a vingança é o crack
que não faz distinção entre pobre e rico
logo seus filhos aparecem no corre duns pino
e o cheiro de bosta vai invadi prédios e condomínios de luxo
nosso anzol tem a isca do vício
é fácil fala da quebrada com todos móveis na sala
e eu?
eu ainda sou o vilão
que ainda transa com várias burguesa gostosa
andando de andador ou numa cadeira de rodas
que eu posso fazer se a
corda
arrebentou

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