sábado, 11 de julho de 2015

Em Dia de Noite Escura.

perco o prumo
sangro com uma preta
até ás cinco
da manhã
acordo de ressaca
acho que perdi meu r.g com cinquenta conto dentro
tomo um café
com o cheiro de outra mulher
nos braços
abro um livro qualquer
pra disfarçar sentimentos
com samba raiz
bebo de novo
procuro teu cangote
outra vez
as graças de um corpo negro
tão feminino
subtrai toda dor
quando fica nua
excita até a lua
ventre com cheiro de hora do recreio
cadência inexplicável
de sandália e
saia
cabelo crespo
me faz perder a dignidade
quando roça os peitos na minha boca
assumo que não valho nada
rastejo de cara lavada
te espero depois
da meia-noite
milagres pingam na goteira da pia
da cozinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário