terça-feira, 26 de maio de 2015

Doze.

madrugadas em claro
com a boca cheia de pedra
empenhado no comércio da desgraça
desbaratina quando a viatura passa
separa as notas das moedas
sentado na esquina
o tráfico é um negócio lucrativo
exige disciplina
não existe bondade nas ruas
sonhos acabam nos cachimbos
quando a viciada é gata
dois pinos por uma trepada
não conta com deus
não conta conta com a sorte
conta dinheiro
relaxa com o green
ninguém vai sorrir pra mim
simpatia na casa do caralho
ficar armado na biqueira é moiado
foda ter que engolir 25 parada á seco
melhor fica esperto
cadeia nunca me botou medo
mas não sou bicho
pra ficar trancado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário