terça-feira, 14 de abril de 2015

Secando ao Sol.

todas noites de estampas coloridas
corpos pingando suor
mistura de sais
sobras do verão passado
a memória dispensa registros fotográficos
transas etílicas
todas madrugadas são quentes com você do lado
abençoadas suas marcas
decorei suas cicatrizes
no pulso, seio e joelhos
é difícil te amar sem te fazer sofrer
seus escândalos são todos necessários
eu sei
seu choro me machuca também
lágrimas de ateu que vê deus na hora da morte
teus beijos com gosto de caco de vidro
é a causa do meu desequilíbrio
tudo em mim é muito
não nego o excesso
quando a T.V desliga e vejo seu reflexo
faço milhões de merdas num só dia
pra pedir desculpa
te transformo em poesia
te peço um filho
um quintal
e que desligue o ventilador antes de dormir.

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