segunda-feira, 20 de abril de 2015

Ariela Menina Magrela Filha Do Cigano.

as vezes ela costuma chorar
xinga, arranha meu saco
as vezes ela tem mania de sangrar
perde a lucidez no ciúmes e na cachaça
no ápice da sodomia morde minha cara
me chama de cafajeste
transita nua pelo quarto
com os peitos de fora
sente na pele a dor de um parto
sobe na mesa e pede truco
apostas perdidas
e um amor de outra vida
ignora conselhos
se tiver de bem com o espelho
sorri desconfiada com meus carinhos
se veste de mulher
brinca de madrugada
disfarça mentiras com beijos na boca
escolhi te amar
porque tenho o instinto auto-destrutivo
desrespeito a quaresma
é bom te ver lavando a calcinha na pia do banheiro
sou capaz de plantar o terror no umbigo dos  outros
no seu não
esquece o lado direito do meu corpo
que é mal e podre
meu coração fica no outro lado
o esquerdo.

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